Nine Perfect Strangers (2021)

Esta série é fraca e o nome deve soar bem, porque em abono da verdade nem se entende, dois são um casal e três são os pais com uma filha… Como se não bastasse, a cara da Nicole Kidman está cada vez pior, começa a ser impossível olhar e desfrutar daquela espantosa inexpressividade, parece a versão feminina do Joker dos últimos filmes do Batman. Criado por John-Henry Butterworth e David E. Kelley.

Drive to Survive (primeira temporada, 2019)

Há décadas que não ligo patavina à Fórmula 1, mas o interesse e entusiasmo do filho acabou por me fazer ver esta série, porque me lembrei de mim da idade dele. É em formato documentário a descair para o reality show, com aquelas sucessões de planos irritantes muitas vezes sem relação entre si próprios — por exemplo, num acidente mostra inúmeras reacções muitas das quais sem serem daquele momento específico. Mas é inegável que a Netflix teve acesso aos bastidores de uma forma admirável e também a filmar de ângulos impossíveis tudo o que se passa nos grandes prémios. Acaba por não ser mau.
☆ ☆ ☆ ½

Drive to Survive (segunda temporada, 2020)

☆ ☆ ☆ ½

Drive to Survive (terceira temporada, 2021)

Consta que o Max Verstappen não participou nesta temporada porque considera que cria excesso de drama… Pois é isso, para dizer o mínimo. Por exemplo o acidente de Romain Grosjean dura uns 28 segundos, mas na série são sete minutos ou mais e como se não bastasse temos a mulher dele a dizer que para ela e para os filhos ele esteve morto quase três minutos… o que nem sequer é verdade para quem visse a transmissão em directo. E ele dramaticamente a declarar a saída da Fórmula 1 “por eles”, quando transitou imediatamente para a Fórmula Indy, eventualmente mais perigosa.
☆ ☆ ☆

The North Water (2021)

Uma prova que as coisas têm melhorado muito para a humanidade, embora em bom rigor, nem tanto para as outras criaturas — mas em 1859? Mais vale viver em 2022. Thriller a bordo de um baleeiro que a tecnologia cinematográfica actual consegue tornar extremamente credível. Colin Farrel completamente irreconhecível. A música é de Tim Hecker e há um disco da banda sonora que vale a pena — música electrónica ambiental. Realizado por Andrew Haigh.
☆ ☆ ☆ ☆

Plan Coeur (primeira temporada 2018)

Mais um retrato da vida pós-moderna e nesse aspecto até nem é muito escabrosa em apps, promiscuidade e belezas dessa vida — até se centra na amizade que é um assunto que me é grato. Mas o principal problema é que o francês médio tem um fraco sentido de humor e o humor médio francês é muito fraco. Junta-se um leque de actores mesmo maus. Criado por Chris Lang e Noémie Saglio.
☆ ☆

Plan Coeur (segunda temporada 2019)

Não sei como vi a segunda temporada (apenas seis pequenos episódios é certo), francamente passou de uma para a outra sem eu reparar e a conclusão é que ainda é pior que a primeira. Não tem qualquer piada, os actores continuam maus e a atriz principal é péssima. Criado por Chris Lang e Noémie Saglio.