Hoje em dia já ninguém lá vai, aquilo está cheio de gente

Artigos etiquetados “sean durkin

Cinema em Novembro

Publicado em 29/11/2022

Phoenix (2014) (101)

Realizado por Christian Petzold.
☆ ☆ ☆ ☆

The Sea of Trees (2015) (102)

Em português “O Mar de Árvores”. Realizado por Gus Van Sant.
☆ ☆ ☆

Hvítur, Hvítur Dagur (2019) (103)

Em inglês “A White, White Day”. Realizado por Hlynur Pálmason.
☆ ☆ ☆ ½

Heojil Kyolshim (2022) (104)

Os filmes coreanos têm um formalismo estético que me espanta, tudo super rigoroso. As cores saturadas são extraordinárias e os actores, magníficos, com sequências incríveis e pontos de vista inesperados. Em português “Decisão de Partir”. Realizado por Park Chan-wook.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Black Bear (2020) (105)

Em português “Urso Negro”. Realizado por Lawrence Michael Levine.
☆ ☆ ☆

Martha Marcy May Marlene (2011) (106)

Nós sabemos parte do que aconteceu, mas a irmã de Martha e o seu marido não, nem ela lhes diz. E a dificuldade aqui é confrontar o comportamento deplorável dela, com as razões eventualmente justificadas para tal e que acabam por colher a nossa simpatia — entre as escolhas que se fazem e o eventual azar. Mas, atravessar a situação do casal, o crescendo de emoções cada vez mais descontroladas, seria difícil para qualquer um, o que está muito bem ilustrado pela existência permanente de uma atmosfera inquieta e tensa que já tinha visto no “The Nest“. O final está muito bom e para primeiro filme de Sean Durkin, dificilmente seria melhor. Elizabeth Olsen, também aqui no seu primeiro filme, é sensacional. Tem uma beleza que consegue ir da realeza à vagabundagem, na minha modesta opinião completamente desperdiçada nos filmes Disney/Marvel posteriores. Realizado por Sean Durkin.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Supai no tsuma (2020) (107)

Em português “Mulher de Um Espião”. Realizado por Kiyoshi Kurosawa.
☆ ☆ ☆ ½

She Dies Tomorrow (2020) (108)

Realizado por Amy Seimetz.
☆ ☆

Play (2011) (109)

Mais do que astuto como diz na sinopse, é um filme corajoso, no ambiente de intolerância woke que cada vez se vive mais. Mas é estranho, quase integralmente em planos longos com a câmara fixa, muitas vezes sem ter a acção enquadrada, mas que vamos acompanhando pelas palavras e os sons. É um filme perturbador com uma ou duas coisas que gostaria de “desver”. Realizado por Ruben Östlund.
☆ ☆ ☆ ☆

Mita Tova (2014) (110)

Em português “A Festa de Despedida”. Realizado por Tal Granit e Sharon Maymon.
☆ ☆

Das Vorspiel (2019) (111)

Gostei, mas a tensão familiar de Anna (Nina Hoss) que é transversal desde o pai, ao marido e ao filho, não se consegue entender a sua profundidade. É assim, porque é assim. A relação com o filho e as suas atitudes, com consequências desastrosas, é de uma frieza assinalável. Nina Hoss, magnífica, como sempre. Em português “A Audição”. Realizado por Ina Weisse.
☆ ☆ ☆ ☆

Cinema em Outubro

Publicado em 30/10/2021

Yeon-ae-dam (2016) (61)

Em inglês “Our Love Story”. Realizado por Hyun-ju Lee.
☆ ☆ ☆

La Prima Notte di Quiete (1972) (62)

Em português “Outono Escaldante”. Realizado por Valerio Zurlini.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

La Ragazza Con la Valigia (1961) (63)

Em português “A Rapariga da Mala”. Realizado por Valerio Zurlini.
☆ ☆ ☆ ☆ ☆

The Nest (2020) (64)

É um filme peculiar no seu ambiente permanentemente acastanhado, uma atmosfera de filme de terror num drama familiar do qual não se consegue tirar os olhos. Em português “O Ninho”. Realizado por Sean Durkin.
☆ ☆ ☆ ☆

Pig (2021) (65)

Outro filme peculiar… Já não via o Nicolas Cage num bom papel desde o século passado e mesmo assim, nem me lembro em que filme. Sei que revi o “Wild At Heart” há poucos anos e não gostei mesmo nada… nem da fabulosa Laura Dern. Este quase que chegava a ser um bom filme, mas não é. E o Nicolas Cage… muito intenso de facto, mas sem qualquer carisma. É uma intensidade teatral no mau sentido, não é propriamente um actor brilhante. Realizado por Michael Sarnoski.
☆ ☆ ☆ ½

Le Sel des Larmes (2020) (66)

Em português “O Sal das Lágrimas”. Realizado por Philippe Garrel.
☆ ☆ ☆ ☆

Much Loved (2015) (67)

Em português “Muito Amadas”. Realizado por Nabil Ayouch.
☆ ☆ ☆ ½

The Trip to Greece (2020) (68)

É o quarto filme desta espécie de série e apesar de ter alguns bons momentos entre os habituais Steve Coogan e Rob Brydon (que fazem deles próprios e têm piada), não deixa de ser mais do mesmo. Em português “Viagem à Grécia”. Realizado por Michael Winterbottom.
☆ ☆ ☆

Diana (2018) (69)

Realizado por Alejo Moreno.
☆ ☆ ☆ ½

I Vitelloni (1953) (70)

Realizado por Federico Fellini.
☆ ☆ ☆

The Servant (1963) (71)

Realizado por Joseph Losey.
☆ ☆ ☆

The Stranger (1946) (70)

Realizado por Orson Welles.
☆ ☆

Dune (2021) (71)

Há muito tempo que não via um filme de ficção científica realmente bom, se calhar os últimos foram Arrival (2016) ou Bladerunner 2049 (2017) do mesmo Denis Villeneuve, uma excelente escolha para Dune. Tem sido tudo derivativo, sem ideias e no caso de misérias como Star Wars, constantemente a auto-imitar-se e francamente mau. Nem na banda sonora há o que quer que seja realmente novo, é como se não existisse música a ser feita hoje — aliás nos fraquíssimos trailers que antecederam o filme, lá vieram os Jefferson Airplane e o pobre mais que cansado White Rabbit (de 1967) e Skeeter Davis com The End of the World (de 1962), não se sai disto. Ou melhor, sai, neste filme, que tem um design sonoro verdadeiramente espantoso, se bem que excessivamente alto na sala Imax. Das poucas coisas que não gostei foi do actor Dave Bautista, que está a cara chapada de Drax de Guardians of the Galaxy (2014); as referências à tourada, que francamente acho de um mau gosto incompreensível; as naves tipo libelinha estão óptimas mas foram pedi-las emprestadas ao génio da animação japonês Hayao Miyazaki. Está tudo muito bem feito, todo o cenário, as naves, os fatos, os actores muito bem escolhidos, designadamente Timothée Chalamet sobre o qual tinha as mais persistentes dúvidas. Belíssimo filme, entretenimento de muito alto nível. Realizado por Denis Villeneuve.
☆ ☆ ☆ ☆ ½