Escolher a cozinha foi para mim uma decisão importante, porque não só desde sempre observei que já em casa dos meus pais passávamos uma quantidade de tempo desproporcional na cozinha, mas também porque todos os estudos confirmam essa vivência. A oferta é enorme e claro, que além das cozinhas “de carpinteiro”, há dezenas de marcas que por sua vez têm dezenas de opções para dezenas de pormenores, tudo somado, as combinações são na prática infinitas.
Escolhi uma cozinha que tinha apenas uma opção de balcão, uma opção de design dos diversos componentes e duas cores, branco ou cinzento — escolhi esta última. Sem inúmeras possibilidades a atrapalhar, pude-me concentrar na configuração e detalhes. Desenhei tudo como queria apesar de não ter todos os dados técnicos e pouco depois o arquitecto do representante da marca reproduziu exactamente igual, menos um detalhe com o micro-ondas e forno. Fui a Lisboa para ver in loco e concluir a compra. Informaram-me na altura que a cozinha já só existia em branco. Mais me facilitou a vida. Decidi branco.
Ou achava eu, porque em casa a opção branco não foi exactamente bem recebida, embora depois tenha sido uma coisa que resultou, mas isso é outra história. Se a vida não fosse difícil, seria fácil. Tudo isto, a propósito do texto anterior, sobre ansiedade e preocupações.