— Quando te conheci, sabia lá que tinhas toda a floresta negra a crescer dentro de ti.
— Quando te conheci, sabia lá que tinhas toda a floresta negra a crescer dentro de ti.
— Há coisas que não têm explicação, não é?
— Há. Tu.
— …mesmo com o teu feitio…
E desata-se a rir à gargalhada.
— O que eu queria dizer é com o teu feitio e o meu. O meu feitio.
— Afinal sempre há “nós”.
— Sabes muito bem que para mim, médio, é super-bom.
Quantas vezes subi as escadas até tua casa a imaginar um futuro girassol.
Quantas vezes desci as escadas ao sair de tua casa a não imaginar nada.
(Parece que foi há vinte anos. Quem era eu? Era outro.)