Dear Matthew
I am afraid I’m much too important to write notes to people like you.
Please remember that I am very very very very very very important.
However, there is no John Cleese fan club (despite my importance) because they were all murdered in 1983 by Michael Palins’ fan club.
I enclose a photograph to remind you of my importance.
Yours sincerely,
—John Cleese, carta a um jovem fã em 1980
In its malignant forms, it is a defense mechanism in which the ego defends itself against disowned and highly negative parts of the self by denying their existence in themselves and attributing them to others, breeding misunderstanding and causing untold interpersonal damage.
Disseram-me que é impossível pôr de lado um livro de minha autoria – até perturbo o repouso nocturno… Não existem livros mais delicados e mais distintos do que os meus – alcançam, aqui e ali, a coisa mais alta que se pode atingir na Terra, o cinismo.
Nietzsche, Ecce Homo, Porque escrevo livros tão excelentes
As relações actuais podem ser descritas como banksying, benching, breadcrumbing, catch and release, catfishing, cloaking, cricketing, cuffing, curving, cushioning, fishing, firedooring, flexting, gaslighting, ghosting, ghostbusting, gatsbying, haunting, hoovering, kittenfishing, love bombing, negging, orbiting, phubbing, pocketing, roaching, submarining, tindstagraming, throning, zumping e zombieing.
Algumas sempre existiram, outras são fenómenos recentes, como o zumping, que surgiu com o vírus. Mesmo evitando conhecimentos via “redes sociais” ao ponto de nunca ter tido, já levei pelo menos com o banksying, catfishing de certeza absoluta ou na melhor das hipóteses kittenfishing, firedooring, ghosting, orbiting… O pior de longe é o catfishing/kittenfishing, que é as pessoas não mostrarem aquilo que são, adaptarem as suas actividades às minhas, os gostos aos meus… Tudo falso. Acho que foi o Pedro Mexia que disse que nunca foi tão humilhado como quando julgava que já sabia tudo. É bem verdade. O orbiting tem duas facetas, conheci quem cultivasse satélites e gostasse, porque a miséria é integral e a idade não perdoa.
I admit I often tear up letters myself: one can’t, even at my age, believe that other people want affection or admiration; yea one knows that there’s nothing in the whole world so important. Why is it? Why are we all so tongue tied and spellbound? Why do we live three streets off and yet never meet? I think human beings are fundamentally crushed by a sense of their insignificance.
—Virgina Woolf, carta para Philip Morrell, 3 de Fevereiro de 1938