A Rússia está banida deste “festival europeu da canção”, o que nos últimos anos tem sido certamente uma perda cultural irreparável.
Depois do salto, “O Vento Mudou”.
A Rússia está banida deste “festival europeu da canção”, o que nos últimos anos tem sido certamente uma perda cultural irreparável.
Depois do salto, “O Vento Mudou”.
Imagens do fotógrafo russo Danila Tkachenko, do seu projecto Restricted Areas, ruínas da antiga União Soviética.
It [lockdown] wasn’t about science, it was about politics. That was obvious as soon as the government began talking about following The Science – as if it were a fixed body of revealed truth … they were engaged in a deliberately misleading campaign of public coercion. The programme was designed to frighten – not inform – and to make doubt or scepticism appear morally irresponsible – which is precisely the opposite of what science does.
The model for the monumental government programme in which sitting on a park bench, or meeting with extended family, became a criminal offence – was the nation at war. Horrifying levels of social isolation were deliberately designed to present the country as mobilised in a collective effort against a malign enemy. Much of this went way beyond what we generally regard as authoritarianism: even the East German Stasi did not forbid children from hugging their grandparents, or outlaw sexual relations between people who lived in different households.
Podemos ler isto e muito mais no The Telegraph, depois de reveladas mais de 100.000 mensagens do WhatsApp ministerial do Reino Unido. Nos outros países não terá sido muito diferente e as consequências do confinamento nunca serão integralmente avaliadas. No Reino Unido bastaria ter olhado para o comportamento dos que impunham estas medidas aos cidadãos, desde aquele ministro que saía regularmente para visitar a amante, ao próprio primeiro-ministro Boris, com as suas festas e total desconsideração por tudo e todos.
E embora já pouco me admire, acabei por ficar pasmado com a facilidade que as pessoas se comportam como carneiros se instados a tal; como se dispuseram a cumprir regras iníquas e completamente desmioladas; como todo o cão e gato me ordenava nas “redes sociais” para ficar em casa; como rapidamente passaram a informadores e denunciadores; como trataram mal familiares e amigos; como numa era de conhecimento os factos não interferem nada com opiniões previamente estabelecidas e muito menos alguém tem interesse em aprender ou desafiar o que julga saber; a facilidade com que se silenciaram todas as vozes minimamente dissidentes e não me refiro a teóricos da conspiração, mas a cientista e pessoas equilibradas (já para não falar no que aconteceu no Twitter, Facebook e afins)… Acabei por ficar pasmado porque de facto, quanto maior a mentira, mais as pessoas acreditam.
O que se passa na Ucrânia, só não é o mesmo porque é inacreditavelmente maior na chamada “comunidade internacional”, ou seja o Ocidente, cerca de 12% da população mundial. O nível de desinformação é praticamente total e os jornalistas, os cães de guarda da democracia, afinal não passam de caniches barulhentos e alinhados com um sistema cada vez mais corrupto. Ouve-se o Prof. John Mearsheimer, o coronel Douglas MacGregor, o jornalista Seymour Hersh (considerado pelos mesmo que hoje o silenciam como o maior jornalista vivo), Scott Ritter (antigo fuzileiro e agente dos serviços secretos), Larry Johnson (ex-CIA), o Prof. Jeffrey Sachs ou Ray McGovern (ex-CIA) e pode-se ter um vislumbre da realidade na Ucrânia. Comparado com Joe Bidden e a sua desgraçada administração, até Donald Trump é moderado e equilibrado (e na verdade o único presidente norte-americano desde a Segunda Guerra Mundial que não começou nenhuma guerra). Praticamente todos os líderes ocidentais sem excepção são sociopatas com distúrbio de personalidade narcisista que tudo farão para manter o actual estado de coisas e o seu mundo de privilégios — ainda no Reino Unido, o actual primeiro-ministro Rishi Sunak tem uma piscina que gasta tanta electricidade que a rede eléctrica teve de sofrer uma actualização (The Guardian). Não é certamente pessoa que se preocupa com a electricidade que gasta, com o seu custo, ou com a miséria para os europeus através das suas acções desmioladas na Ucrânia. Depois da falência de mais uma série de bancos nos EUA, designadamente do tipo que cria dinheiro do ar e do vento, fala-se em travar a subida das taxas de juro (The Guardian), que por sua vez eram para travar a inflação galopante que afecta o cidadão comum, designadamente nos bens essenciais e bem acima dos 20%. É este o estado de coisas.
Quem quiser saber, ainda o consegue fazer com algum esforço. O que é aflitivo é a diminuta quantidade de pessoas que tenta ver para lá das falsidades com que somos bombardeados todos os dias. É uma auto-censura e uma ignorância voluntária, quando não voluntariosa, que nada de bom trará para o futuro. Tal como está, se em nada se acreditar daquilo que passa por informação é infinitamente melhor do que acreditar em alguma coisa. Acreditar em tudo, é absolutamente impensável e algo impossível de entender. Precisamos todos os anos de edições actualizadas do dicionário de novilíngua para percebermos o que é dito e nos mantermos actualizados.
Segundo episódio da segunda temporada de Slow Horses (2022).
Das casas realmente pequenas é uma das que gostei mais de sempre. Na Rússia, BIO-Architects (via ArchDaily).