Por vários motivos ainda não foi possível testar o cabo TAC que quero instalar no Technics SL-1000R, mas tive a oportunidade de experimentar cabos de coluna Esprit Eterna (G8, sendo os mais recentes G9).
Num sistema revelador, os cabos são cruciais — infelizmente, porque o custo é completamente desmesurado. Mas já avancei há muito o “não há diferenças” ou para as colunas serve fio de campainha… E serve mesmo bem, para colunas que custem tanto como a campainha, ou um pouco menos. As minhas custam um pouco mais e até agora não demonstraram ter qualquer limite. Tudo o que melhorei a montante, reflectiu-se no som imediatamente e de forma inequívoca.
Ouvi Sarah Jaroz, Build Me Up From Bones e Ali Farka Touré com Ry Cooder, Talking Timbuktu com os cabos Kimber Monocle XL. Depois mudei para os Esprit Eterna, passados dez segundos de Sarah Jaroz deu logo para perceber que os graves estavam completamente diferentes, desapareceram os últimos sinais de demasia que ainda por aqui restavam. Fiquei bastante satisfeito. Mas no decorrer da música, cedo também se tornou evidente que tudo o resto também se alterou — só um surdo é que poderia dizer neste caso que os cabos (sensivelmente do mesmo valor) não fazem diferença. Quando mudei de disco, já não me parecia que tinha trocado os cabos, na melhor das hipóteses teria ficado com os cabos antigos e trocado o equipamento todo. O som é mesmo muito diferente e para pior. Brilhante, agudos por todo o lado, cansativo e os graves perderam muita da pujança. Mas deu para perceber o radical que pode ser mudar os cabos das colunas, ou seja, se tiver oportunidade, tempo, paciência e cuidado, posso afinar o som que quero. Não é fácil, porque há por aqui muitos mais cabos e factores, e todos interferem uns com os outros.
Bem, mas já que aqui estão os Esprit e os amplificadores e as colunas têm terminais para bi-wire, esperimentei. Primeiro, com os Esprit nos agudos e os Kimber nos graves, achei melhor, mas continuou um som demasiado brilhante, sem o calor a que estava habituado. Passei os Esprit para os graves e os Kimber para os agudos e ficou bastante mais equilibrado e é como está neste momento. O bi-wire é outra variável… Por exemplo, estabelecendo um valor, soa melhor um cabo por cada coluna, ou dois? Nem todas as marcas e audiófilos são adeptos do bi-wire. Só ouvindo. Neste caso, para já, acho que melhorou bastante, mas ainda não gosto totalmente e além disso, não manteve o valor, ao adicionar os Esprit, na prática dupliquei o custo.
Entretanto, como este trabalho nunca está pronto, vou testar cabos XLR Esprit Eurêka e Gaïa (ambos G8), que são praticamente o alto de gama da marca. Mais variáveis, mas que podemos fazer?