Enrolou os papéis relativos ao trabalho já terminado e meteu-os no tubo pneumático. Tinham passado oito minutos. Ajeitou os óculos no nariz, suspirou, e puxou para si outro maço de instruções de trabalho, com o papelinho em cima. Alisou-o com os dedos. Nele vinha escrito, numa letra grande e informe: Amo-te.

—George Orwell, 1984, Público 2002 (1949)