The Handmaid’s Tale (primeira temporada, 2017)
Uma distopia sem qualquer interesse com toda a checklist das causas americanas do momento. Como se não bastasse, vive de flashbacks que é algo que verdadeiramente detesto e é para mim sinónimo de fraca escrita. Deu-me vontade de rever uma boa série. Criado por Bruce Miller.
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Succession (primeira temporada, 2018)
Desde o primeiro episódio que dá para perceber o conjunto absolutamente apavorante de personagens que iremos seguir ao longo da série. Do idiota obnóxio ao simplesmente mau. Dentro de uma tradição de retratar os super-ricos como pessoas verdadeiramente horríveis, que eventualmente serão(?)… A primeira impressão é que para o J.R. Ewing não há um Bobby Ewing, são todos maus, mas é um mau diferente dos Sopranos por exemplo, onde o Tony e muitos outros eram pessoas que, em bom rigor, se podia confiar — nem sempre, mas entende-se, pelo menos havia um código. Aqui não há código. Criado por Jesse Armstrong.
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Succession (segunda temporada, 2019)
Não me lembro de ter visto uma série onde todos são reles. Não há uma única alminha penada que se aproveite. São todos francamente maus, mas a série é francamente boa e apresenta esta gente deplorável com uma aura de credibilidade bastante impressionante. E as nuances não são nada más. Criado por Jesse Armstrong.
☆ ☆ ☆ ☆ ½
Succession (terceira temporada, 2021)
A única coisa que sucede nesta série é a constante falsidade de todos os personagens, não há ninguém de confiança, lealdade mínima não existe no dicionário desta gente. Apesar de ser credível, vê-se em muitas instâncias como comédia. Como defesa da minha tese da maldade permanente, reparo desde a primeira época que há poucos iPhones ou Macs à vista, julgo que só a partir desta temporada, o que é absolutamente pouco credível para super-ricos, não por ser caro, mas por questões de privacidade e segurança… estamos mesmo a ver toda esta gente andar com Samsungs atrás. A verdade é que a Apple gosta pouco de ver os seus produtos colocados nas mãos dos “vilões” e tem um departamento legal algo poderoso.
Estava a ler na diagonal um texto de João Bonifácio no Observador e observo que realmente a série tem nuances que nem toda a gente entende, o que é uma das razões de ser boa. É irónico que Bonifácio não entenda inteiramente o diálogo que afirma definir a série e a forma óbvia como Logan usa qualquer pessoa — o avô dá a comida a provar ao neto para perceber se estaria envenenada — sim, estes personagens vão a esse ponto —, primeiro porque obviamente há uma hesitação e Kendall indica qual o prato dele (por questões de saúde sobre as quais informou o chefe previamente) e em segundo porque a reacção de Kendall não deixa qualquer dúvida ter visto o que eu vi. E francamente caro João Bonifácio, White Knight é cavaleiro branco, literalmente com a heroicidade e rectidão implicada na luta contra o mal, não “aristocrata a cavalo”. Depois há uma grande admiração de não se ler jornais, pudera, não se aprende nada há muitos anos e ainda nos arriscamos a ser desinformados. Criado por Jesse Armstrong.
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Klangor (2021)
Série polaca, nada má. Realizado por Lukasz Kosmicki.
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8 Zeugen (2021)
Em português “As Testemunhas”. Criado por Jörg Lühdorff.
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Unsere Wunderbaren Jahre (2020)
Em português “Os Nossos Anos Milagrosos” ou “Os Nossos Maravilhosos Anos” ou “Os Nossos Anos Maravilhosos”, o Filmin por vezes tem coisas que não se entendem, os detalhes contam. E no IMDB ainda há outro nome “Os Anos dos Milagres”. Realizado por Elmar Fischer.
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Maid (2021)
Acabei por escrever mais alguma coisa sobre esta série. Criado por Molly Smith Metzler.
☆ ☆ ☆ ½