Ouvir a música em vinil é das poucas coisas que me dão prazer ultimamente. Gosto imenso de olhar para as capas, há capas espantosas e só isso já é uma introdução à música. Retirar o plástico, colocar uma capa nova, lavar o disco e eventualmente mudar a capa interior, a ligação emocional começa muito antes da agulha descer sobre o disco. A antecipação de algo que pode ser grandioso. É algo que o CD, independentemente de questões de qualidade sonora, nunca conseguiu.
Surpreendeu-me pela qualidade sonora e musical que o nome não deixaria adivinhar, o Time Out Takes (out-takes) editado pelo estate de Dave Brubeck. A prensagem é imaculada e a música poderia perfeitamente ter sido incluída no famoso Time Out. Gostei imenso da versão do Take Five e de todo o disco. Os discos da fotografia têm um som extraordinário, a começar pelo Legrand Jazz da Impex, logo ao lado Jazz Sur Seine da Sam Records, GoGo Penguin da Blue Note (atrás está o disco homónimo que deu origem ao GGP/RMX). O Little Freddie King da Newvelle Records no vinil transparente da Quality Record Pressings… Sons of Kemet, um disco incrível da Impulse!, dentro do estilo jazz moderno e world music. Tudo mesmo bom.