Hoje em dia já ninguém lá vai, aquilo está cheio de gente

Artigos etiquetados “jon favreau

TV em Março

Publicado em 31/03/2025

The Mandalorian (terceira temporada, 2023)

Já se sabe que há uns tempos que de certa forma abomino estas produções americanas, mas ao Star Wars, de uma forma ou de outra, acabo sempre por lá voltar. Criado por Jon Favreau.
☆ ☆ ☆

I, Claudius (1976)

Vi isto há décadas e décadas, foi com algum receio que revi. É muito diferente das séries actuais, muito teatral, de um tempo em que a BBC produzia das melhores séries que existiam. Baseado nos livros de Robert Graves e escrito para a televisão por Jack Pulman. Gostei. Realizado por Herbert Wise.
☆ ☆ ☆ ☆

Adolescence (2025)

É uma boa série, mas percebe-se as razões porque o pasquim The Guardian terá gostado particularmente: Parece que a origem do mal, está em Andrew Tate e naquilo que vai dizendo online, a culpa de todo o mal é da “masculinidade tóxica”. Fosse o Mundo assim tão simples, porque a Netflix não se ficaria por aqui… A história pelos vistos tem um fundo real, baseada no facto de um negro do Uganda chamado Hassan Sentamu ter esfaqueado até à morte a namorada por uma futilidade. Na série o miúdo é o inglês mais típico possível, no seio de uma família inglesa branca e trabalhadora. Pelo menos, na vida real o criminoso foi sentenciado a prisão perpétua da qual terá de cumprir obrigatoriamente um mínimo de 23 anos. Criado por por Stephen Graham e Jack Thornee.
☆ ☆ ☆ ☆

TV em Dezembro

Publicado em 31/12/2020

The Undoing (2020)

É uma mini-série de apenas seis episódios realizados por Susanne Bier. As séries (e o cinema), com a tecnologia à disposição têm-se cada vez mais distanciado visualmente da realidade, fenómeno que aprecio. Há um tom, uma profundidade de campo, um modo de filmar e enquadrar próprios, uma assinatura de cada série que não existe e como tal não podemos ver no nosso dia a dia (lembro-me por exemplo de Mad Men). Não sei se quando a fotografia e posteriormente o cinema surgiram, a intenção seria captar a realidade o mais fielmente que fosse possível, julgo que essa fase existiu, mas artisticamente foi rapidamente ultrapassada.
Não procuro, mas surge-me naturalmente, no final do terceiro episódio para mim tudo se tornou evidente — mas mesmo assim, foi interessante porque aqui as opiniões surgiram espontaneamente até ao fim (principalmente da minha filha). Depois há outra questão, parece lateral, mas não é. Eu não me consigo abstrair da cara esticada da Nicole Kidman, daquela boca arruinada e inexpressiva. Uma mulher cheia de plásticas até pode estar perfeitamente enquadrada no argumento e no meio dos super-ricos de Nova Iorque, mas pura e simplesmente não gosto, apesar de ser uma óptima actriz. Já Hugh Grant que nunca apreciei particularmente, gostei de ver. Donald Sutherland, saqueia literalmente todas as cenas em que participa, um actor extraordinário que espero ainda voltar a rever muitas vezes. Criado por David E. Kelley.
☆ ☆ ☆ ½

The Queen’s Gambit (2020)

Quem diria que o xadrez podia ser tão empolgante? Fiquei algo desiludido por ser inteiramente ficção, a certa altura desejamos que Beth Harmon tenha realmente existido. Criado por Scott Frank e Allan Scott.
☆ ☆ ☆ ☆

Gangs of London (primeira temporada, 2020)

Nas produções britânicas, fica sempre a sensação que a a realidade ultrapassa em muito a ficção, o que neste caso é inimaginável. Esta série tem cenas de violência inaudita, não é coisa que aconselhe alguém a ver. Criado por Gareth Evans e Matt Flannery.
☆ ☆ ☆ ☆

Virgin River (primeira temporada, 2019)

A clássica história do “expatriado” da grande cidade que por um motivo ou por outro, vai parar a uma pequena comunidade no meio do nada. Nunca gostei de flashbacks e esta série enferma deles, sendo os do Iraque particularmente sem sentido, servindo somente para os americanos alimentarem o mito do veterano vagamente traumatizado, que serviu o país naquilo que hoje se pode chamar “a guerra que nunca acaba” (desde o Vietname que assim é, para não dizer da Coreia, ou porque não, da Segunda Guerra Mundial). Criado por Sue Tenney.
☆ ☆ ☆

A Charlie Brown Christmas (1965)

Soube há pouco que o disco da banda sonora do Vince Guaraldi Trio é o segundo disco de Jazz mais vendido de sempre (sendo o primeiro o “A Kind of Blue” de Miles Davis). Criado por Charles M. Schulz, realizado por Bill Melendez.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Virgin River (segunda temporada, 2020)

É uma novela, mas vê-se bem e a paisagem é magnífica. Criado por Sue Tenney.
☆ ☆ ☆ ½

The Mandalorian (segunda temporada, 2020)

Dá para ver com os filhos e para Star Wars, não é mau. Mas depois de revelada a verdadeira natureza deste universo, não há como voltar atrás, nem o tempo, nem eu. Como história e narração é tudo bastante fraco. Criado por Jon Favreau.
☆ ☆ ☆

Godless (2017)

Li na What Hi-fi? para pensar em Deadwood quality… Na minha opinião, sendo Deadwood uma das três melhores séries de todos os tempos, era uma expectativa impossível de preencher. Esta série não tem nem de longe, nem de perto a qualidade de Deadwood e muito menos aquelas personagens visceralmente carismáticas. O casal lésbico para a quota lgbt (de hoje, não do velho Oeste) e os detestados flashbacks não ajudam muito. Mesmo assim, uma boa mini-série, parece um filme de sete ou oito horas. O realizador é Scott Frank, um dos criadores de The Queen’s Gambit.
☆ ☆ ☆ ☆

TV em Agosto

Publicado em 31/08/2020

The Mandalorian (primeira temporada, 2019)

A Disney tem o inegável mérito de ter mostrado à saciedade e à sociedade, a completa falta de interesse que tem todo este universo Star Wars, incluindo os seis primeiros filmes. Tiveram a sua época e já acabou há muito. Mas a força da nostalgia é poderosa. Criado por Jon Favreau.
☆ ☆ ☆ ½

L'Amica Geniale

Lenú e Lila a ler “Mulherzinhas” de Louisa May Alcott.

L’Amica Geniale (primeira temporada, 2019)

Estou a gostar bastante desta série e cada vez mais conforme vai avançando. Alguns personagens não são exactamente o que imaginei ao ler os livros, como por exemplo o pai da Lenú, mas o ambiente, diria que sim. A minha experiência ao ler qualquer livro primeiro é que a versão cinematográfica ou de TV é sempre pior, aqui nem digo isso (muito pelo contrário), mas queixo-me de na verdade já saber a história, designadamente as nuances daquelas personalidade todas que a tornam única. Principalmente de Lila, a amiga genial. Em português “A Amiga Genial”. Criado por Saverio Costanzo.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

L’Amica Geniale (segunda temporada, 2020)

Criado por Saverio Costanzo.
☆ ☆ ☆ ☆ ½