Hoje em dia já ninguém lá vai, aquilo está cheio de gente

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Cinema em Abril

Publicado em 30/04/2025

Plus Que Jamais (2022) (31)

Gostei imenso deste filme e consegui identificar-me completamente com Hélène (Vicky Krieps) e o seu dilema. Mas entendo que para os outros também não seja fácil e que não entendam de todo a escolha feita. Em português “Mais Que Nunca”. Realizado por Francis Emily Atef.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Aku Wa Sonzai Shinai (2023) (32)

Em português “O Mal Não Existe”. Realizado por Ryûsuke Hamaguchi.
☆ ☆ ☆ ½

Tab (2022) (33)

Em português “Lá Em Cima”. Realizado por Hong Sang-soo.
☆ ☆ ☆

Simple Comme Sylvain (2023) (34)

Não sei se percebi muito bem a moral da história — que só queremos aquilo que não temos? Diz que a definição de felicidade é não desejarmos mais do que aquilo que temos, portanto, o filme deve ter acertado algures. Em português “A Natureza do Amor”. Realizado por Monia Chokri.
☆ ☆ ☆ ½

Un Traductor (2018) (35)

Em português “Um Tradutor”. Realizado por Rodrigo Barriuso e Sebastián Barriuso.
☆ ☆ ☆ ☆

Dalva (2022) (36)

Excelente primeira longa metragem de mais uma realizadora a observar. Não gostei muito do final. Em português “O Amor Segundo Dalva”. Realizado por Emmanuelle Nicot.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

L’Ile Rouge (2023) (37)

Nunca seria um excelente filme, mas o final descamba para um manifesto anti-colonialista que de facto o torna numa obra de propaganda. Pelos vistos Madagáscar era independente há 12 anos, mas os franceses mantiveram por lá a sua presença até este momento retratado no filme (ao contrário de certas independências desastrosas, comemoradas este mês), que para quem não souber a história da ilha e segundo o que se vê, é uma presença bastante benévola e bem acolhida pela maior parte da população — independentemente de o ser ou não ser, a ilha já era independente e é o que a narrativa mostra, uma vida calma e sem grandes conflitos entre franceses e nativos — mas, como foi característico da colonização francesa, nem sempre foi assim e inúmeras atrocidades foram cometidas e a população não foi sempre exactamente bem tratada. Aqui, a única perturbação anti-francesa que se vê, são 20 prostitutas a atacar a base, porque os soldados tinham a mania de comer sem pagar. Gostei da banda sonora de Arnaud Rebotini (Youtube), que não conhecia (talvez sim, do filme Curiosa e Le Vent Tourne — ouvir esta The Red Island por exemplo com Beki Mari. Em português “A Ilha Vermelha”. Realizado por Robin Campillo.
☆ ☆ ☆

Louis Theroux: The Settlers (2025) (38)

Só visto. Os críticos podem argumentar que Theroux deu voz e representou apenas uma franja da sociedade Israelita, mas não é verdade. Ninguém conseguiria apontar uma única frase com que Netanyahu, Ben Gvir e outros sociopatas que levam a cabo o extermínio na Palestina, não concordassem. Há um Rabi que inclui o Líbano nas posses de Israel (tal como prometido por Deus) e toda a gente sabe que partes da Síria e do Egipto, também estão incluídas. Gente verdadeiramente tenebrosa — mas, de notar também que muitos dos seus mais vocais opositores são judeus.
Actualização: Os palestinianos que participaram no documentário estão agora a ser espancados pelos settlers e pelo “exército mais moral do Mundo”, mais uma abominação a juntar a tantas outras.
☆ ☆ ☆ ☆

La Passagère (2022) (39)

Mais uma primeira obra meritória de uma realizadora que não conhecia. Realizado por Héloïse Pelloquet.
☆ ☆ ☆ ☆

Sociopata

Publicado em 29/04/2025

The Settlers

— That seems sociopathic.

The Settlers

— No, not at all. This is normal.

Louis Theroux: The Settlers (2025).

Uma nota para dizer que esta psicopata, certamente pessoalmente responsável por milhares de mortos, foi nomeada por Israel para o Prémio Nobel da Paz. Como diria Norman Finkelstein, Daniella Weiss “is the perfect mirror of Israeli society” (no original, entrevistado por Piers Morgan, referia-se a Netanyahu).