Hoje em dia já ninguém lá vai, aquilo está cheio de gente

Artigos etiquetados “stanley kubrick

TV em Janeiro

Publicado em 31/01/2021

The Night Manager (2016)

John le Carré, que faz uma breve aparição no quarto episódio, queria que Stanley Kubrick adaptasse o seu livro homónimo para o cinema. De uma carta de Kubrick para Carré em 1992 (Twitter):

Unhappily, the problem is still pretty much as I fumbled and bumbled it out to you on the phone yesterday. Essentially: how do you tell a story it took the author 165,000 (my guess) good and necessary words to tell, with 12,000 words (about the number of words you get to say in a two hour movie, based on 150wpm speaking rate, less 30% silence and action) without flattening everybody into gingerbread men?

Esta série criada por David Farr, faz justiça ao livro em cerca de seis horas.
☆ ☆ ☆ ☆

The Good Lord Bird (2020)

Talvez influenciado pelo livro “Defesa de John Brown” de Henry David Thoreau, resolvi ver esta série à espera de algo vagamente histórico. Mas não, é tudo uma farsa em tom de farsa. Criado por Ethan Hawke.
☆ ☆

Barry (primeira temporada, 2018)

Criado por Alec Berg e Bill Hader.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Barry (segunda temporada, 2019)

Passada a surpresa inicial, é uma sucessão de episódios cada vez mais idiotas. Criado por Alec Berg e Bill Hader.
☆ ☆ ☆ ½

Russian Doll (primeira temporada, 2019)

Uma mulher morre e regressa ao ponto de partida (onde já terei visto isso?) — uma casa de banho sobre a qual a dona da casa pergunta se é “suficientemente vaginal” e seja lá o que isso for, é uma amostra das aprofundadas conversas a que se assiste no meio artsy fartsy feminista onde decorre a coisa. Não morre apenas uma vez e regressa, a série é toda assim, infelizmente a criatura faz parte daquele mundo que realmente podia morrer e regressar 1.600.000 vezes que não aprenderia nada. E eu também não aprendi. Criado por Leslye Headland, Natasha Lyonne e Amy Poehler.

True Detective (terceira temporada, 2019)

Dizia Einstein que o passado, presente e futuro não passam de uma ilusão persistente. Esta série faz uso desse conceito de forma brilhante, avançando e recuando décadas sem nunca perder o ritmo. Criado por Nic Pizzolatto.
☆ ☆ ☆ ☆

Cinema em Dezembro

Publicado em 01/01/2021

Eyes Wide Shut (1999) (82)

Passados que estão 21 anos, vi este filme com outros olhos e parece-me que gostei mais do que em 1999, o que é incomum. Realizado por Stanley Kubrick.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

John Wick: Chapter 3 – Parabellum (2019) (83)

Valha-me Deus… Realizado por Chad Stahelski.

Mank (2020) (84)

Não fosse o aceno à situação política americana actual, provavelmente teria dado umas raras cinco estrelas. Não gosto de realizações “morais”, por outro lado, se o que é aqui retratado foi verdade, os EUA já são assim há 100 anos, provavelmente mais, portanto anda-se a fazer muito barulho acerca de nada. Mas é um grande filme vindo da casa Netflix. E que dizer de Gary Oldman? Bravo. Realizado por David Fincher.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

My Octopus Teacher (2020) (85)

Pensava que ia gostar mais deste documentário. Realizado por Pippa Ehrlich e James Reed.
☆ ☆ ☆ ½