Hoje em dia já ninguém lá vai, aquilo está cheio de gente

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Cinema em Maio

Publicado em 31/05/2023

Nostalgia (2022) (64)

Realizado por Mario Martone.
☆ ☆ ☆ ☆

Lazzaro Felice (2018) (65)

Em português “Feliz Como Lázaro”. Realizado por Alice Rohrwacher.
☆ ☆ ☆ ½

Nostalgia (1983) (66)

O prazer esteve todo na luz e na composição, nesse aspecto é uma obra prima extraordinária, é um patamar que muitos poucos terão atingido. Do resto não gostei o suficiente com muita pena minha. Realizado por Andrei Tarkovsky.
☆ ☆ ☆ ½

Seven Days In May (1964) (67)

Há um diálogo — do qual destaquei umas poucas frases — entre Jiggs (Kirk Douglas) e Eleanor (Ava Gardner) extraordinário de tão bem escrito. Já não se escreve assim — como dizia Orwell, a destruição da língua é uma coisa muito bonita e tem sido. E estrelas como Ava gardner ou Kirk Douglas, pura e simplesmente não tiveram sucessão. Hollywood é hoje um antro muito mal frequentado. Em português “Sete Dias em Maio”. Realizado por John Frankenheimer.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

The Bribe (1949) (68)

Em português “Veneno dos Trópicos”. Realizado por Robert Z. Leonard e Vincente Minnelli.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

The Barefoot Contessa (1954) (69)

Em português “A Condessa Descalça”. Realizado por Joseph L. Mankiewicz.
☆ ☆ ☆ ☆

East Side West Side (1949) (70)

Em português “Mundos Opostos”. Realizado por Mervyn LeRoy.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Paper Moon (1973) (71)

Em português “Lua de Papel”. Realizado por Peter Bogdanovich.
☆ ☆ ☆ ½

They All Laughed (1971) (72)

Em português “Romance em Nova Iorque”. Realizado por Peter Bogdanovich.
☆ ☆ ☆ ☆

The Fallen Idol (1948) (73)

Em português “O Ídolo Caído”. Realizado por Carol Reed.
☆ ☆ ☆ ☆

Point Blank (1967) (74)

Em português “À Queima Roupa”. Realizado por John Boorman.
☆ ☆ ☆ ☆

The Human Factor (1979) (75)

Já não me lembrava de ver uma actriz tão fraca como Iman (a do David Bowie) e o filme é só marginalmente melhor… Graham Greene merecia bem mais. Em português “O Factor Humano”. Realizado por Otto Preminger.
☆ ☆

Dheepan (2015) (76)

Realizado por Jacques Audiard.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Waisetsu Sutêji: Nando Mo Tsukkonde (2005) (77)

Em inglês “Blind Love”. Realizado por Daisuke Gotô.
☆ ☆

Cinema em Fevereiro

Publicado em 28/02/2022

Anatomy of a Murder (1959) (13)

Gosto imenso destes filmes, mas julguei que ia gostar mais daquilo que julgo ter sido (não me lembro) rever este… Em português “Anatomia de Um Crime”. Realizado por Otto Preminger.
☆ ☆ ☆ ☆

Benedetta (2021) (14)

Paul Verhoeven já está longe dos tempos de Robocop, mas não muito! Realizado por Paul Verhoeven.
☆ ☆ ☆ ½

Une Vie Meilleure (2011) (15)

Este filme é daqueles que dará várias leituras, conforme o espectador, desde a sua experiência, à moral, passando por orientação política, são filtros que poderão dar conclusões diametralmente opostas. Nesse aspecto não é mau, mas por outro lado…
Como é que alguém que começa uma relação ao fim de uma saída para um bar (acho que nem chega ao bar, em bom rigor) e pouco depois um negócio com um indivíduo que não conhece de lado nenhum, poderá alguma vez esperar um resultado diferente? Com um — não —, vários golpes de sorte, talvez, mas embora se possa viver algum tempo da sorte, não se pode viver da sorte o tempo todo. Quem vive assim, se calhar vê oportunidades em todo o lado, sem ter realmente capacidade para sequer perceber se o serão realmente. A relação, até não saiu assim tão mal (sorte), porque o indivíduo acaba a tomar conta do filho de Nadia (Leïla Bekhti) durante largos meses. Porque ela resolve ir para o Canadá, trabalhar… sem visto de residência. Eu infelizmente acho isto extremamente credível. Pouco antes, começar um restaurante sem um euro em seu nome, um empréstimo imobiliário e seis empréstimos pessoais, nem Deus todo poderoso ajudaria, quanto mais a sorte.
Muita gente verá a coitadinha da mãe solitária vinda do Líbano, o pobre do filho, o homem “cheio de garra” que nunca teve verdadeiramente uma oportunidade, contra o capitalismo, o “neoliberalismo”, os malvados dos bancos (a quem mentem descaradamente sobre a sua real situação) e dos agiotas, a conspirarem contra a sua vida melhor.
Mas na verdade, é um conjunto de decisões desastrosas, não pensar bem nos assuntos e julgar que as coisas acontecem de um dia para o outro, quando a maior parte das vezes ou não acontecem de todo, ou demoram uma vida de trabalho árduo que se calhar já só beneficia materialmente os filhos e os vindouros. Um pouco como plantar uma árvore cuja sombra nunca desfrutaremos. A árvore precisa da oportunidade, de um pouco de sorte, mas depois é indiferente, o tempo terá realmente de fazer o seu trabalho. Em português “Uma Vida Melhor”. Realizado por Cédric Kahn.
☆ ☆ ☆ ☆

Dolor y Gloria (2019) (16)

Aqui está algo que é bastante melhor do que a soma das suas partes, durante praticamente todo o tempo julguei que não iria gostar o suficiente, mas depois com o reaparecimento do desenho do pequeno Salvador a ler ao Sol, acabei por gostar bastante — é um bom filme, não tive foi o correspondente prazer de o ver. E para filme aparentemente autobiográfico, temos Antonio Banderas, num magnífico papel, que é uma figura bastante mais agradável que o realizador que é suposto interpretar. Deve ser facilmente um dos melhores filmes de Pedro Almodóvar. Em português “Dor e Glória”. Realizado por Pedro Almodóvar.
☆ ☆ ☆ ☆

Ma Ma (2015) (17)

Não é mau, mas francamente, depois da primeira hora senti sempre que poderia ter apenas uma hora e não se perderia muito. Realizado por Julio Medem.
☆ ☆ ☆

The Southerner (1945) (18)

Em português será um dos nomes mais estúpidos e sem relação que me lembro, “Semente de Ódio”. Estive a verificar a tradução do título noutras paragens e no Brasil “Amor à Terra”, ou França, mais literal “L’Homme du Sud”, quem adivinharia ser o mesmo filme? Realizado por Jean Renoir.
☆ ☆ ☆

Ai (2012) (19)

Este filme é divertido sem deixar de ser algo mais do que meramente superficial, seguindo os altos e baixos de seis personagens, com uma dose de patetice, sonho, bondade e perdão que o torna em cinema que dá gosto ver. Aliás, óptimo cinema da Formosa e da China (passa-se entre Taipé e Pequim, ou Taipei e Beijing como agora se diz). E como atractivo suplementar, nunca tinha visto ninguém atirar-se para dentro de uma fossa séptica por amor. E (spoilers) aparentemente, resulta mesmo. Em inglês “Love”. Realizado por Doze Niu.
☆ ☆ ☆ ☆ ½