
Estações de rádio de todo o mundo. Provavelmente a internet foi inventada para coisas assim, mas em vez disso, deram-nos o Twitter e o Facebook.
Estações de rádio de todo o mundo. Provavelmente a internet foi inventada para coisas assim, mas em vez disso, deram-nos o Twitter e o Facebook.
A diferença entre estes dois cabos é quase anedótica, uma espécie de yin e yang dos cabos de coluna. A Ultimate Audio emprestou-me os Crystal Cable para testar.
Surpreendentemente, no meu sistema, pareceram-me exactamente iguais. Talvez um nadinha mais de detalhe para o Kimber e é tudo, mas ainda vou ouvir mais vezes.
E ouvi, não é menos um nadinha de detalhe, é de recorte. De alguma forma não acho os intérpretes e músicos tão bem localizados no palco, algo mudou. E depois de alguma consideração, já sei o que é, os cabos Crystal trouxeram o palco mais para a frente o que o tornou mais profundo — e eu não me queixava minimamente de profundidade. Mas é à custa de algum recorte e localização no espaço.
A minha conclusão é que os Crystal Cable com os seus 1,8mm, não ficam atrás dos 28,60mm dos Kimber, mas o som que resulta apesar de muito parecido, tem diferenças o que não sendo melhor ou pior, são uma questão de preferência.
Ultimate Audio
Kimber Monocle XL
Crystal Cable Picollo Diamond
Apple iPhone XR.
A tocar na Ultimate Audio, num gira-discos Reed Muse 3C com braço Reed 5A.
Já antes tinha decidido começar a utilizar a electrónica do pré-amplificador T+A P 3000 HV e calibrei de ouvido, com a ajuda de um CD fornecido. Mas desta vez, com ajuda de amigos, tive a oportunidade de calibrar via microfone e um computador (dois na verdade, um Mac e um PC). Nesta sala meros centímetros fazem diferença e a posição do microfone alterada meros centímetros dá resultados díspares. A minha calibração funcionava, mas fiquei longe desta precisão que ainda estou a avaliar em termos sonoros — mas a gostar (neste momento toca Sunda Arc, Tides).
Fiquei satisfeito porque andei imensas vezes com as colunas para trás, para a frente e para os lados (com 75Kg cada), às vezes um ou dois centímetros; e também mudei a posição de audição diversas vezes. E chegamos à conclusão que ouço no local da sala com menos graves — ou seja, exactamente que é desejável neste caso. Achei incrível isso.
Entretanto…
Acrescentei +2,5db em todos os parâmetros (ou seja, se estivesse -10db, passou a -7,5db) e francamente acho que toca mesmo bem. Sem as frequências que por aqui andavam perdidas sem ter para onde ir, todo o detalhe sobressai de uma forma muito imediata e natural.
Portanto…
Depois de muitos discos de várias correntes musicais, sei que o sistema nunca tocou melhor. Está verdadeiramente a brilhar, o que é bizarro porque já disse isso várias vezes. Julgo que a instalação dos cabos Esprit ao dar mais de tudo, veio alterar um som a que eu já me tinha habituado. O mais de tudo, revelou-se inclusivamente demais para a sala, principalmente ao nível do problema habitual que são os graves e é aqui que entra a correcção permitida pelo T+A P 3000 HV. Uma grande diferença que vale a pena explorar por quem tiver essa possibilidade. É mais evidente a cada dia que passa e que mais sei sobre Hi-Fi, a sala é metade do som.
Mas depois…
Em vez de acrescentar +2,5db, acrescentei +5,0db. Com excepções: Nos 180Hz não acrescentei nada, ficou com -2,5db; nos 100Hz acrescentei apenas +2,5db. Toca bem para o meu gosto (daí não utilizar integralmente os valores resultantes do software T+A), melhor do que isto, não consigo.
Technics SL-1000R com a fabulosa DS Audio 003 e T+A M 40 HV.
Comecei com Esther Marrow, Sister Woman (1972), reedição incrivelmente boa da Craft e na mesma linha passei para Cleo Sol, Mother (2022). Dois discos separados por 50 anos, espantosamente bonitos, repeti várias músicas, diversa vezes. E depois, Jungle. Primeiro For Ever e por fim Loving In Stereo. Brutal. Os quatro discos são para ouvir na íntegra e repetidamente.
Perdi mais uma excelente oportunidade para me deitar cedo… Ainda ouvi Michael Kiwanuka, Love & Hate (2016), Há um fio conductor, porque dos discos depois de Esther Marrow, o produtor é sempre Dean Josiah Cover, mais conhecido como Inflo.