I never thought I’d live to see the day when the right wing would become the cool ones giving the middle finger to the establishment, and the left wing becoming the sniveling self-righteous twatty ones going around shaming everyone.
—John Lydon
I never thought I’d live to see the day when the right wing would become the cool ones giving the middle finger to the establishment, and the left wing becoming the sniveling self-righteous twatty ones going around shaming everyone.
—John Lydon
Em português “Coerência”. Realizado por James Ward Byrkit.
☆ ☆ ☆ ½
Em português “Memórias de Paris”. Realizado por Alice Winocour.
☆ ☆ ☆
Em português “Explicação Para Tudo”. Realizado por Gábor Reisz.
☆ ☆ ☆ ½
O Filmin é uma plataforma que apesar de barata e apresentar filmes interessantes, já está por um fio. Este filme é classificado como “drama” e “thriller”* (é surreal), e o ano é apresentado como 2024 e no site IMDB diz 2023. Mas fabulosa é a sinopse que… huh… revela que o filme “(…) vai revelar a vergonha da ascensão da extrema-direita na Hungria”. Que é isso da ascensão da extrema-direita na Hungria? Será o governo eleito democraticamente que não é dado, nem achado, durante toda a trama? Há um pai hostil à recomendação de um filme por parte de uma professora, que na própria sinopse dos militantes do Filmin diz que é um pai conservador. É isso a perigosa extrema-direita? Andam sempre em luta estes bocôcos. O filme é, quando muito, sobre o politicamente correcto, aliás um tema muito querido à esquerda, sempre vítimas, de tudo e de todos, coitadinhos. Mas de política tem pouco, é um retrato de uma sociedade sempre em mudança, nem sempre para melhor, que encontra forças de resistência, como sempre aconteceu ao longo da história. É sobre regras; é sobre o estar preparado se é para as quebrar; preparado para a censura dos pares, mas também para a sua deslealdade; é estar preparado para ficar sozinho, porque não se pode contar com quase ninguém. É sobre ter de haver um desastre para se perceber quem realmente nos rodeia. Como se não bastasse, o assunto sai realmente do controlo, não quando a professora resolve lutar por aquilo que julga ser o correcto, mas sim, quando a imprensa intervém (é uma surpresa “extra-ordinária”). Para a esquerda da opinião única deve ser espantoso que existam outras opiniões sobre o que é correcto. É sobre tudo isto, não sobre a ascensão da extrema-direita húngara. Questiono-me porque é que a mediocridade se infiltra em tudo neste país… Não se sai da cepa torta.
* Um thriller é um género de filme caracterizado pela criação de suspense, tensão e excitação intensos. O objetivo principal é manter o espectador numa constante sensação de apreensão e antecipação, muitas vezes através de uma narrativa que envolve mistérios, reviravoltas inesperadas, perseguições e momentos de alto risco.
Normalmente, os thrillers apresentam protagonistas que se encontram em situações perigosas, frequentemente enfrentando vilões ou forças antagonistas que ameaçam a sua segurança física ou psicológica. Estes filmes exploram temas de crime, mistério, espionagem, e até psicológicos, e podem incluir elementos de outros géneros como o drama ou o horror. (Ou seja, há zero que possa classificar este filme como um thriller.)
Em português “A Professora de Literatura”. Realizado por Katalin Moldovai.
☆ ☆ ☆ ☆
Em português “O Arrebatamento”. Realizado por Iris Kaltenbäck.
☆ ☆ ☆ ½
Em português “Comer Orar Amar”. Realizado por Ryan Murphy.
☆ ☆ ½
Em português “Boneca Insuflável”. Realizado por Hirokazu Kore-eda.
☆ ☆ ☆ ☆
Em português “Fechar os Olhos”. Realizado por Víctor Erice.
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É aquilo que nos lembramos que devíamos ter dito, quando já saímos e vamos a meio das escadas…
Em francês há o l’esprit de l’escalier, que é a mesma coisa.
L’homme sensible, comme moi, tout entier à ce qu’on lui objecte, perd la tête et ne se retrouve qu’au bas de l’escalier.
—Denis Diderot, a propósito de ter ficado sem fala num jantar com uma observação de Jacques Necker (sobre Diderot ver também “O Efeito Diderot”)
Baseada no livro homónimo de Larry McMurtry, só podia gostar. Um grupo de actores como já não se fazem. Realizado por Simon Wincer.
☆ ☆ ☆ ☆ ½
Realizado por Marc Evans.
☆ ☆ ☆ ½
E pronto, mantendo a tradição de prolongar o que tem sucesso, já decaiu ao ponto de deixar de ter interesse e pela apresentação da quinta temporada, ameaça tornar-se penoso assistir. Baseado na série de livros “Slough House” de Mick Herron.
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Apesar da minha admiração pelo visual da série, não gosto nem do tom, nem do ritmo. Realizado por Steven Zaillian.
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For millennia, paper has been used as the support to document and register our history. It has the possibility to be transformed into so many different formats and to withstand the passage of time, even with its own intrinsic fragility.
—Mau Samayoa, Collé #74, 2023