Hoje em dia já ninguém lá vai, aquilo está cheio de gente

Artigos etiquetados “yvan attal

Cinema em Janeiro

Publicado em 31/01/2022

Mon Chien Stupide (2019) (1)

Começo o ano como acabei 2021, a ver um filme de Yvan Attal. Não é mau. Em português “O Meu Cão Estúpido”. Realizado por Yvan Attal.
☆ ☆ ☆ ½

Don’t Look Up (2021) (2)

Mais do que uma metáfora sobre o aquecimento global ou qualquer outro problema ambiental real que a humanidade causou e atravessa, é um filme sobre a ignorância voluntária. E mais do que isso é sobre ao que chegaram os Estados Unidos, as suas hordas de ignorantes designadamente na academia e a imparável decadência que se abateu sobre o ocidente. Não é coisa para acabar bem. Há um texto interessante sobre os mitos que alimentam a rejeição da ciência no site Scientific American. Em português “Não Olhem Para Cima”. Realizado por Adam McKay.
☆ ☆ ☆ ☆

Almost Famous (2000) (3)

Nunca tinha visto este filme “quase famoso”, mas ouvi que iam reeditar a banda sonora em vinil e resolvi ver, não esperava gostar tanto. É um filme bem disposto e animador, apesar de algum drama — e ver ainda que fugazmente Philip Seymour Hoffman, é meio filme. Em português “Quase Famosos”. Realizado por Cameron Crowe.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Fête de Famille (2019) (4)

Em português “Festa de Família”. Realizado por Cédric Kahn.
☆ ☆ ☆ ½

Jiao you (2013) (5)

Deve estar aqui uma obra de arte extraordinária, com os seus planos de 10 minutos onde nada acontece, um deles de uns 20 penosos minutos… enfim, uma seca extraordinária, isso sim. Em português “Cães Errantes”. Realizado por Ming-liang Tsai.
☆ ☆

Io Sono l’Amore (2009) (6)

Em português “Eu Sou o Amor”. Realizado por Luca Guadagnino.
☆ ☆ ☆ ☆

303 (2018) (7)

No cinema e hoje em dia na TV, descubro constantemente excelente música, mas às vezes acontece descobrir um filme pela música, que foi o que aconteceu aqui. O nome é super estranho, refere-se ao chassis Mercedes da auto-caravana de Jule (Mala Emde). Gostei muito de acompanhar os dois estudantes universitários numa viagem por estrada de Berlim a Portugal, mais concretamente ao Alentejo, onde se situa a eco-aldeia (à falta de melhor nome) Tamera. Os actores são incrivelmente compatíveis e credíveis, a paisagem é óptima, a música é excelente… o diálogo…, constante, é também muito credível, talvez peque aqui e ali por demasiado didáctico, ou talvez não, tendo em conta que são duas pessoas que se estão a conhecer, falam imenso e desenvolvem uma amizade praticamente a partir das primeiras horas. Entretanto, reparei que daqui fizeram uma mini-série em seis episódios. Realizado por Hans Weingartner.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Echo In the Canyon (2018) (8)

Excelente documentário sobre o autêntico ninho musical que foi o Laurel Canyon em Los Angeles. Música que em grande parte só agora estou a descobrir na sua plenitude, para lá dos sucessos que toda a gente conhece, dos discos dos Beach Boys que tenho ou o eventual dos Byrds. Eu já desconfiava, desde que comecei a descobrir Neil Young e essa trupe, mas grande, grande, música, incrível, esta época é simplesmente irrepetível. Jakob Dylan que também não conhecia e é previsivelmente filho do Bob, tem um excelente ar, toca e canta super bem, grande presença. A banda sonora é de comprar imediatamente. É um documentário feel very good. Realizado por Andrew Slater.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Prisoners (2013) (9)

Em português “Raptadas”. Realizado por Denis Villeneuve.
☆ ☆ ☆ ☆

Sicario (2015) (10)

Vindo de Hollywood, no presente, não há melhor do que Denis Villeneuve. Em português “Sicário – Infiltrado”. Realizado por Denis Villeneuve.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Enemy (2013) (11)

A certa altura julguei estar a levar longe demais o esforço “Denis Villeneuve”, mas acabei por gostar. E no fim, reparei que é baseado na obra “O Homem Duplicado” de um escritor que nunca gostei, designadamente como pessoa (eu sei, devemos separar o artista da sua obra), José Saramago. Realizado por Denis Villeneuve.
☆ ☆ ☆ ☆

Relatos Salvajes (2014) (12)

Além de flashbacks, outra coisa que não gosto é de longas metragens compostas de histórias curtas. Não passam de curtas metragens vistas de uma vez só. Para o género, será do melhorzinho que vi. Em português “Relatos Selvagens”. Realizado por Damián Szifron.
☆ ☆ ☆ ½

Cinema em Dezembro

Publicado em 31/12/2021

The End of Violence (1997) (80)

Wim Wenders… costumava gostar dele, acontece-me bastante. Em português “Crimes Invisíveis”. Realizado por Wim Wenders.
☆ ☆ ☆

The Power of the Dog (2021) (81)

Notou-se alguma expectativa relativamente a este filme, porque Jane Campion já não realizava há 12 anos, mas francamente, é uma realizadora assim tão importante? Lembro-me de ter gostado de “O Piano” que vi no cinema seguramente em 1993 e depois, nada. E este filme não é mau, a certo ponto pareceu-me ter potencial para ser bem pior, mas também não é bom. Benedict Cumberbatch fez-me lembrar um Matthew McConaughey mas fraquinho (talvez esteja a ser injusto), o casal Kirsten Dunst e Jesse Plemons, muito mediano. Há uma ambiguidade presente que talvez seja pouco ambígua para o meu gosto, a história dá uma volta e o melhor acaba por ser Kodi Smit-McPhee, o grande protagonista, a inteligência em movimento. Em português “O Poder do Cão”. Realizado por Jane Campion.
☆ ☆ ☆ ½

The Card Counter (2021) (82)

Não vai realmente a lado nenhum, mas manteve-me a atenção todo o tempo. Gostei bastante e há algo de cinematográfico nos casinos. A banda sonora também não é mesmo nada má e claro que depois descobri porquê, é de Robert Levon Been, um dos Black Rebel Motorcycle Club. Em português ridículo “The Card Counter: O Jogador”. Realizado por Paul Schrader.
☆ ☆ ☆ ☆

2046 (2004) (83)

Visualmente característico, com as suas cores fortes e estilizadas, como os outros filmes deste realizador, também a característica busca do amor que me pareceu perigosamente mais do mesmo. Realizado por Wong Kar-Wai.
☆ ☆ ☆ ½

Le Mystère Henri Pick (2019) (84)

Em português “A Biblioteca dos Livros Rejeitados”. Realizado por Rémi Bezançon.
☆ ☆ ☆ ½

Certain Women (2016) (85)

Não sou grande apreciador de filmes que não passam de curtas metragens coladas umas às outras, supostamente com um tema comum. Realizado por Kelly Reichardt.
☆ ☆ ☆

Le Brio (2017) (86)

Acabei o ano a ver um filme cujo trailer me chegou por engano, enviado por uma amiga via Whattsapp. Depois lembrei-me que alguém me tinha falado deste filme talvez até em 2017, comparando-me de forma que me terá parecido pouco elogiosa com o professor Pierre Mazard (magnífico papel de Daniel Auteuil), enfim, dali nunca vieram propriamente rasgados elogios a nada e se um dia eventualmente tal aconteceu, arrependi-me imenso de não me ter fingido morto logo no dia seguinte. Em minha defesa, não só não falo tão bem como o professor, como nunca fui tão obnóxio. Mas o filme, très bien! Em português “O Poder da Palavra”. Realizado por Yvan Attal.
☆ ☆ ☆ ☆