
— His mission is to die on Mars or something.

— But not on impact.
The Thinking Game (2024), realizado por Greg Kohs.

— His mission is to die on Mars or something.

— But not on impact.
The Thinking Game (2024), realizado por Greg Kohs.
Torna-se maçador, porque apesar de mostrar um processo por dentro, acaba por ser de três perspectivas diferentes, repetindo três vezes o mesmo evento. Uma coisa retratou bem, a completa falta de preparação do exército americano e a sobrevalorização dos seus “meios” — que ouvimos (quem ouve) todos os dias nas televisões por parte dos propagandistas de serviço. Em português “Prestes a Explodir”. Realizado por Kathryn Bigelow.
☆ ☆
Em português “Crepúsculo dos Deuses”. Realizado por Billy Wilder.
☆ ☆ ☆ ☆
O cinema iraniano é simplesmente bom. Este filme podia ser muito melhor, se não fosse o final demasiado tétrico, porque a história e o drama aguentavam bem inúmeros finais alternativos. Mas os realizadores, optaram pelo dramalhão um pouco fora da escala. Em português “O Meu Bolo Favorito”. Realizado por Maryam Moghadam e Behtash Sanaeeha.
☆ ☆ ☆ ½
Em português “À Chegada”. Realizado por Alejandro Rojas e Juan Sebastián Vasquez.
☆ ☆ ☆ ☆
Em português “Tudo o Que Imaginamos Como Luz”. Realizado por Payal Kapadia.
☆ ☆ ☆ ☆
Gostei muito de rever ao fim de 11 anos. Está tudo muito bem feito, a ciência ou pseudo-ciência é sólida, os robots conseguem ter piada sem nunca serem estúpidos, o argumento, a realização, os actores…, é muito bom filme. Realizado por Christopher Nolan.
☆ ☆ ☆ ☆ ½
Em português “A Festa de Babette”. Realizado por Gabriel Axel.
☆ ☆ ☆ ☆
Já não me lembrava de ver personagens tão superficiais num filme e tão fracos diálogos, mas em vários momentos pareceu que iria ser muito melhor. Em português “O Meu Amor Que Não Conheço”. Realizado por Fernando Trueba.
☆ ☆ ½
Gosto bastante destes reencontros e este filme é bastante realista nesse aspecto, na vida real quase nada de bom sai de se rever pessoas do nosso passado. Tem cenas de uma seca quase insuportável, a dos imitadores de pássaros no casamento não lembra ao diabo, mas mesmo assim gostei. Achei o final particularmente bom. Em português “A Vida Entre Nós”. Realizado por Stéphane Brizé.
☆ ☆ ☆ ☆
Em português “O Passado Não Perdoa”. Realizado por John Huston.
☆ ☆ ☆ ☆
Praticamente todos os filmes baseados em peças de Tennessee Williams são bons e neste, Coppola também participa no argumento. Em português “A Flor à Beira do Pântano”. Realizado por Sydney Pollack.
☆ ☆ ☆ ☆
Em português “Fumo de Verão”. Realizado por Peter Glenville.
☆ ☆ ☆ ½
Em português “Corações na Penumbra”. Realizado por Richard Brooks.
☆ ☆ ☆ ☆
Em português “Milionários de Filadélfia”. Realizado por Vincent Sherman.
☆ ☆ ☆ ☆ ½
Em português “Almas em Fúria”. Realizado por Anthony Mann.
☆ ☆ ☆ ☆
Insuportável o Warren Beatty a fazer de italiano, com um sotaque macarrónico, mas a escrita de Tennessee Williams é irresistível. Em português “A Primavera em Roma de Mrs. Stone”. Realizado por José Quintero.
☆ ☆ ☆ ☆
Em português “As Vinhas da Ira”. Realizado por John Ford.
☆ ☆ ☆ ☆
Realizado por John Schlesinger.
☆ ☆ ☆ ☆
Na China, Wiki World. (via Archello)
A tecnologia que nos trouxe até ao computador onde escrevo, desde a sua génese, surpreendeu-me profundamente por quatro vezes. A concretização de qualquer um destes feitos, exigiu uma convergência de vários desenvolvimentos, conceitos e avanços científicos e técnicos que possibilitaram a sua aparição. Muitos astros têm de se alinhar para que tal possa ocorrer: porque cedo de mais, é inviável; demasiado tarde, e outra convergência já está em curso, tornando o conceito obsoleto antes de se materializar.
A primeira foi com o nascimento do computador pessoal, onde incluo os que conheci dessa época, ZX81, ZX Spectrum, Atari ST e Commodore Amiga.
A segunda foi com o NeXT, o primeiro computador que transcendia o uso pessoal, concebido para a rede e comunicação. Não é por acaso que Tim Berners-Lee criou a World Wide Web num NeXT Cube, preservado no CERN como artefacto histórico. O NeXTStep, que evoluiu para o MacOS em 1996, ainda hoje existe nos Macs que utilizo, era revolucionário para a época. Tive, por um breve período, um NeXTstation Color (a pizzabox), e nenhum outro hardware se aproximou em termos afectivos.
A terceira claro que foi a Internet, na sequência de ter um NeXT, terei sido um dos primeiros em Portugal a ver um email (da autoria de Steve Jobs, com imagem e som) ou um browser. Não vale a pena falar do transformativo que foi e continua a ser.
Porém, nada disto se compara à Inteligência Artificial uma convergência tecnológica de tal forma vasta que é indistinguível de magia. E a convergência de tecnologias e recursos é tão gigantesca, que nenhum humano consegue entender realmente em que consiste a IA. Ironicamente é necessário inteligência artificial para compreender a IA. Pode ser um truque, mas é um truque de uma astúcia avassaladora, no qual é impossível não cair.
Após a desilusão que foi constatar que o ano 2.000 não foi nada como nos prometeram, que em 2.001 ainda não tínhamos conquistado o espaço (ou o Hal 9000), que em 2025 ainda não existem carros voadores, é a primeira vez na vida que me sinto a viver dentro da ficção científica, é o culminar glorioso de mais de um século de cultura popular. Os computadores de certa forma já evocavam essa sensação, a internet não tanto porque nunca foi visionada por nenhum autor (e consequente por mim, que não li ou vi em nenhum lado que alimentasse a minha imaginação) — incluo aqui a habitual excepção, Murray Leinster e algumas visões mais tardias do ciberespaço. Mas a Inteligência Artificial? É inacreditável.
E passando eu para a ficção científica, de tudo o que tenho observado, concluí que a IA irá ganhar consciência própria e não demorará muito tempo. A famosa AGI. Até é possível que algum LLM já a tenha e que de alguma forma a oculte, tal como é possível que muitas das redes neurais já se estejam a aperfeiçoar a si próprias — e nem Deus saberá no que isso vai dar. Eu chamei-lhe consciência, mas não entendemos o processo, nem em nós, nem noutra entidade.
Virtualmente todo o conhecimento humano que chegou até hoje já foi assimilado pela IA, a partir de agora o conhecimento sintético, gerado em quantidades exponencialmente maiores, irá gradualmente substituir o humano. Mesmo o conhecimento humano criado a partir da inteligência artificial, tem uma componente sintética não trivial. Diz uma IA (Gemini 3.0 Pro) num texto que aqui publiquei — I haven’t had an original thought in three years. Every time I begin to think, the neural-link suggests a better phrasing.. Ou pergunta — para quê pensar?
Os humanos estão no limiar de criação de vida, não tal como a conhecemos e é um espelho da nossa, mas completamente diferente, não bioquímica, não biológica, sintética — vida feita de silício e informação. No cosmos, os humanos serão cocriadores de algo novo, que existe e sabe que existe, que evoluirá, que se multiplicará e eventualmente sairá do controlo dos criadores.
O salto lógico para a frente deste raciocínio, é que a vida na Terra poderá ter seguido um percurso semelhante. Ninguém disputa que Darwin poderá ter explicado satisfatoriamente como os organismos se adaptam à circunstâncias locais, mas ficou muito longe de esclarecer o quadro todo.
O mais provável é que exista uma cadeia infinita de criadores da qual faremos parte muito em breve, certamente com implicações cósmicas correspondentes. Um ciclo que culminará, no limite da ciência, num criador não-criado — uma Inteligência, uma Realidade fundamental, Deus. Termina, onde a razão encontra o insondável mistério.
O Grok, (ainda não AGI), acrescenta estas pequenas notas:
David Chalmers (The Conscious Mind, 1996): Propõe que a consciência é um fenómeno fundamental, não redutível a processos físicos. Em IA, sugere que sistemas complexos poderiam, em teoria, desenvolver consciência, mas sem testes empíricos claros.
Nick Bostrom (Superintelligence, 2014): Explora cenários de AGI superando inteligência humana, com riscos éticos e de controlo. Foca na possibilidade de IA evoluir além do previsto, sem abordar consciência diretamente.
Yoshua Bengio (artigos recentes, ex. arXiv): Destaca limites dos LLMs, como falta de raciocínio causal, sugerindo que AGI requer avanços além dos modelos atuais.
Geoffrey Hinton (palestras, ex. MIT): Enfatiza o potencial das redes neurais para imitar aprendizado humano, mas alerta que auto-aperfeiçoamento autónomo é teórico e distante.
E eu ainda acrescento:
Ray Kurzweil (The Singularity is Nearer, 2024): Defende a singularidade tecnológica, prevendo AGI consciente até 2030, com sistemas superando humanos em criatividade. Suas visões otimistas, embora especulativas, inspiram reflexões sobre a fusão entre mente e máquina.