Hoje em dia já ninguém lá vai, aquilo está cheio de gente

Artigos etiquetados “cinema 2021

Cinema em Novembro

Publicado em 30/11/2021

Bergman Island (2021) (72)

Para não variar desta realizadora, gostei muito. Em português “A Ilha de Bergman”. Realizado por Mia Hansen-Løve.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Elles (2021) (73)

Em português “Elas”. Realizado por Malgorzata Szumowska.
☆ ☆ ☆ ½

Identificazione di Una Donna (1982) (74)

Em português “Identificação de Uma Mulher”. Realizado por Michelangelo Antonioni.
☆ ☆ ☆ ☆

Boze Cialo (2019) (75)

Em português “Corpus Christi – A Redenção”. Realizado por Jan Komasa.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

La Captive (2000) (76)

Em português “A Captiva”. Realizado por Chantal Akerman.
☆ ☆

France (2021) (77)

Realizado por Bruno Dumont.
☆ ☆ ☆ ½

Chung Hing sam lam (1994) (78)

Em inglês “Chungking Express”. Realizado por Wong Kar-Wai.
☆ ☆ ☆ ½

Ah Fei jing juen (1990) (79)

Em português “Dias Selvagens”. Realizado por Wong Kar-Wai.
☆ ☆ ☆ ☆

Cinema em Outubro

Publicado em 30/10/2021

Yeon-ae-dam (2016) (61)

Em inglês “Our Love Story”. Realizado por Hyun-ju Lee.
☆ ☆ ☆

La Prima Notte di Quiete (1972) (62)

Em português “Outono Escaldante”. Realizado por Valerio Zurlini.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

La Ragazza Con la Valigia (1961) (63)

Em português “A Rapariga da Mala”. Realizado por Valerio Zurlini.
☆ ☆ ☆ ☆ ☆

The Nest (2020) (64)

É um filme peculiar no seu ambiente permanentemente acastanhado, uma atmosfera de filme de terror num drama familiar do qual não se consegue tirar os olhos. Em português “O Ninho”. Realizado por Sean Durkin.
☆ ☆ ☆ ☆

Pig (2021) (65)

Outro filme peculiar… Já não via o Nicolas Cage num bom papel desde o século passado e mesmo assim, nem me lembro em que filme. Sei que revi o “Wild At Heart” há poucos anos e não gostei mesmo nada… nem da fabulosa Laura Dern. Este quase que chegava a ser um bom filme, mas não é. E o Nicolas Cage… muito intenso de facto, mas sem qualquer carisma. É uma intensidade teatral no mau sentido, não é propriamente um actor brilhante. Realizado por Michael Sarnoski.
☆ ☆ ☆ ½

Le Sel des Larmes (2020) (66)

Em português “O Sal das Lágrimas”. Realizado por Philippe Garrel.
☆ ☆ ☆ ☆

Much Loved (2015) (67)

Em português “Muito Amadas”. Realizado por Nabil Ayouch.
☆ ☆ ☆ ½

The Trip to Greece (2020) (68)

É o quarto filme desta espécie de série e apesar de ter alguns bons momentos entre os habituais Steve Coogan e Rob Brydon (que fazem deles próprios e têm piada), não deixa de ser mais do mesmo. Em português “Viagem à Grécia”. Realizado por Michael Winterbottom.
☆ ☆ ☆

Diana (2018) (69)

Realizado por Alejo Moreno.
☆ ☆ ☆ ½

I Vitelloni (1953) (70)

Realizado por Federico Fellini.
☆ ☆ ☆

The Servant (1963) (71)

Realizado por Joseph Losey.
☆ ☆ ☆

The Stranger (1946) (70)

Realizado por Orson Welles.
☆ ☆

Dune (2021) (71)

Há muito tempo que não via um filme de ficção científica realmente bom, se calhar os últimos foram Arrival (2016) ou Bladerunner 2049 (2017) do mesmo Denis Villeneuve, uma excelente escolha para Dune. Tem sido tudo derivativo, sem ideias e no caso de misérias como Star Wars, constantemente a auto-imitar-se e francamente mau. Nem na banda sonora há o que quer que seja realmente novo, é como se não existisse música a ser feita hoje — aliás nos fraquíssimos trailers que antecederam o filme, lá vieram os Jefferson Airplane e o pobre mais que cansado White Rabbit (de 1967) e Skeeter Davis com The End of the World (de 1962), não se sai disto. Ou melhor, sai, neste filme, que tem um design sonoro verdadeiramente espantoso, se bem que excessivamente alto na sala Imax. Das poucas coisas que não gostei foi do actor Dave Bautista, que está a cara chapada de Drax de Guardians of the Galaxy (2014); as referências à tourada, que francamente acho de um mau gosto incompreensível; as naves tipo libelinha estão óptimas mas foram pedi-las emprestadas ao génio da animação japonês Hayao Miyazaki. Está tudo muito bem feito, todo o cenário, as naves, os fatos, os actores muito bem escolhidos, designadamente Timothée Chalamet sobre o qual tinha as mais persistentes dúvidas. Belíssimo filme, entretenimento de muito alto nível. Realizado por Denis Villeneuve.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Cinema em Setembro

Publicado em 30/09/2021

Robin and Marian (1976) (52)

Este filme é mesmo fraco, mas cheguei lá através do livro “O Ano do Pensamento Mágico” de Joan Didion, que menciona apenas uma frase que de alguma forma me interessou. E que cena final entre Audrey Hepburn e Sean Connery… triste, de uma profundidade, de uma pungência, da qual não vou falar para não estragar a experiência a ninguém… Espantoso, até onde vão os amantes (por amor). Incompreensível a completa falta de relação com o restante. A música é de John Barry, nisso não é nada mau. Realizado por Richard Lester.
☆ ☆

The Operative (2019) (53)

Gosto de um bom filme de espionagem e quem melhor que o realizar que os israelitas? O fim fica em aberto, embora eu consiga imaginar o que acontece, mas mesmo assim gostei bastante. Em português “Agente Infiltrada”. Realizado por Yuval Adler.
☆ ☆ ☆ ☆

Netemo Sametemo (2018) (54)

Pensava que ia gostar mais um bocadinho. Em português, ou internacionalmente “Asako I & II”. Realizado por Ryûsuke Hamaguchi.
☆ ☆ ☆ ½

Samba (2014) (55)

Realizado por Olivier Nakache e Éric Toledano.
☆ ☆ ☆ ½

Cry Macho (2021) (56)

O início com uma conversa completamente ridícula que serve apenas para nos situar perante a realidade daquele velho (Clint Eastwood), é tão mau, mas tão mau, que devia ser o sinal para ficar imediatamente por ali, mas tenho a mania de acabar o que começo. A cena final, igualmente super-má, é completamente dispensável — é um filme realizado para o mínimo denominador comum americano em termos de inteligência. Para o mínimo dos mínimos. É triste ver um filme onde o melhor actor é, de longe, um galo chamado Macho. Já não me lembrava de ver um tão mau conjunto de actuações desde o esquecível “Star Wars: Episode I – The Phantom Menace”. E a história, é uma historinha que nem com bons actores lá ia. Realizado por Clint Eastwood.

Hors Normes (2019) (57)

A música dos Grandbrothers não chega para tornar esta história num bom filme. É um grande problema, ou dois, cuidar de crianças e adultos com autismo profundo e paralelamente embora no filme de forma secundária, retirar jovens da rua onde acabariam inevitavelmente na delinquência. Não é fraco ao nível do “Cry Macho” (que é fraquíssimo), mas é fraco e não gostei. Em português “Especiais”. Realizado por Olivier Nakache e Éric Toledano.
☆ ☆

French Exit (2020) (58)

Porque vi isto? Este mês o cinema vai de mal a pior. Em português “Plano de Fuga”. Realizado por Azazel Jacobs.

East of the Mountains (2021) (59)

Mais um filme em que pouco se aproveita, talvez o Tom Skerritt, um actor subestimado pelo menos desde “Alien – O 8.º Passageiro”. E o cão. Realizado por S.J. Chiro.
☆ ☆

Falling (2020) (60)

Meu Deus, que tédio, este mês foi infernal e uma verdadeira perda de tempo, não sei o que me deu. O Viggo Mortensen está bom é para fazer de Aragorn no “regresso do senhor dos anéis”… Lance Henriksen é uma espécie de inverso do robô Bishop de “Aliens – O Recontro Final”. Estes filmes de produção americana estão mais insuportáveis a cada ano que passa, do “somos todos iguais” estamos agora nesta patetice de querer agradar a todas as minorias. Neste filme só faltou um bi-curioso, ou talvez não (o neto é capaz de preencher essa lacuna, a neta é aparentemente lésbica). A família é exemplar, um par de homossexuais, um deles asiático, outro com ar nórdico (não vá o Thor ficar triste), com uma filha aparentemente mexicana — que ficamos sem perceber de quem gosta mais, se do papá, ou do papá —, um avô que além de obnóxio, está completamente senil. O de aspecto nórdico é piloto, uma das imagens finais é dele no cockpit com a sua co-piloto, mulher, negra e orgulhosa. Tudo parece ser para cumprir quotas, não é cinema que me interesse. Realizado por Viggo Mortensen.
☆ ☆

Cinema em Agosto

Publicado em 31/08/2021

Asa Ga Kuru (2020) (48)

Em português “As Verdadeiras Mães”. Realizado por Naomi Kawase.
☆ ☆ ☆ ☆

La Virgen de Agosto (2019) (49)

Mais um filme sobre uma mulher desnorteada que tem o mérito de não enveredar por contar histórias de falta de auto-estima que passam quase sempre pela promiscuidade e auto-desvalorização. Madrid em Agosto, uma madrilena fica na cidade sob um calor insuportável — enquanto os restantes nativos rumam a zonas mais frescas —, acabando por fazer uma série de amigos estrangeiros ou de outras partes de Espanha. A certa altura pareceu que ia ser melhor… Mas há outra coisa pessoal, que é cada vez menos me interessar Espanha. Acho tudo feio e principalmente sem absolutamente gosto nenhum e a todos os níveis. A actriz e argumentista Itsaso Arana não prima pela beleza o que até poderia resultar num certo realismo, mas até eu que raramente reparo nessas coisas tenho de observar — era necessário andar realmente tão mal vestida? E aqueles sapatos horrorosos durante a totalidade do filme… nem sequer parecem apropriados para tanto calor, que mau gosto extraordinário. Em português “A Virgem de Agosto”. Realizado por Jonás Trueba.
☆ ☆ ☆ ½

False Confessions (2017) (50)

Está na Internet Movie Database classificado como “tv movie”, nunca tive grandes expectativas para telefilmes e é bem fraco. Em português “As Falsas Confidências”. Realizado por Luc Bondy e Marie-Louise Bischofberger.
☆ ☆ ½

Happî Awâ (2015) (51)

Quatro amigas a viver em Kobe, todas com 37 anos e dramas íntimos que Hamaguchi explora com mestria. Não acontece no filme todo, mas alguns planos são extremamente bonitos e traduzem na perfeição que se está a passar entre o omnipresente formalismo japonês — que ironicamente muitas vezes me fez suspeitar da tradução por causa da forma de estar e de falar que cá seria inimaginável (e continuo a suspeitar da tradução, já vi mesmo muitos filmes japoneses). Ter lido algures que as quatro amigas não são actrizes (e ganharam o prémios de melhor actriz no festival de Locarno), que aliás, não há um único actor profissional, torna a obra um feito e um triunfo. O nome em japonês é a expressão “Happy Hour” com que foi lançado internacionalmente. Também não é todos os dias que vejo um filme de cinco horas e 17 minutos. Realizado por Ryûsuke Hamaguchi.
☆ ☆ ☆ ☆