Hoje em dia já ninguém lá vai, aquilo está cheio de gente

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Cinema em Junho

Publicado em 30/06/2023

Welcome (2009) (78)

Em português “Welcome — Bem-vindo”. Realizado por Philippe Lioret.
☆ ☆ ☆ ☆

Qualcosa di Nuovo (2016) (79)

Em português “Algo de Novo”. Realizado por Cristina Comencini.
☆ ☆ ½

To Die For (1995) (80)

Em português “Disposta a Tudo”. Realizado por Gus Van Sant.
☆ ☆ ☆

Love Jones (1997) (81)

Realizado por Theodore Witcher.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Le Bleu du Caftan (2022) (82)

Em português “O Azul do Cafetã”. Realizado por Maryam Touzani.
☆ ☆ ☆ ½

Metroland (1997) (83)

Baseado na novela homónima, publicada em 1980, o primeiro livro de Julian Barnes. Realizado por Philip Saville.
☆ ☆ ☆ ☆

Psykos i Stockholm (2020) (84)

Em português “Psicose em Estocolmo”. Realizado por Maria Bäck.
☆ ☆ ☆

Laurel Canyon (2002) (85)

É um filme algo básico e já visto, aquele romance de quem está junto, mas vai certamente olhar para outro lado ou porque os opostos se atraem ou porque os iguais também se atraem, mas vê-se bem e gostei. E o fim parece-me muito bom. Em português “Atracção Acidental”. Realizado por Lisa Cholodenko.
☆ ☆ ☆ ☆

Fire of Love (2022) (86)

Documentário muito interessante mesmo para quem já conhece a vida de Katia e Maurice Krafft, com o interesse adicional de ser narrado por Miranda July que fica sempre bem em qualquer lado. Realizado por Sara Dosa.
☆ ☆ ☆ ☆

Tengo Sueños Eléctricos (2022) (87)

Em português “Tenho Sonhos Elétricos”. Realizado por Valentina Maurel.
☆ ☆ ☆ ☆

Palm Trees and Power Lines (2022) (88)

Incrível estreia de mais uma jovem realizadora… Um filme extremamente perturbador. Não é para quem tenha filhas. Em português “Nunca Chove Na Califórnia”. Realizado por Jamie Dack.
☆ ☆ ☆ ☆

Ôtez-moi d’Un Doute (2017) (89)

Os franceses têm super-jeito para misturar drama com o feel good, que resulta em filmes sérios e bem dispostos ao mesmo tempo. Serem todos magníficos actores ajuda muito. Em português “Só Para Ter a Certeza”. Realizado por Carine Tardieu.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

News From Home (1976) (90)

Se alguma vez tive algum fascínio por este tipo de filmes, já não tenho há muito tempo. Realizado por Chantal Akerman.
☆ ☆

Cinema em Março

Publicado em 31/03/2023

The Swimmer (1968) (37)

Pode-se dizer que nunca vi nada igual, nem parecido, a meia estrela é por isso e pela incrível história. É um drama surrealista, uma alucinação do início ao fim, não se sabendo exactamente o que leva ao início, mas suspeitando que só pudesse acabar da forma que acabou. Um homem (Burt Lancaster) surge de calções de banho pela floresta e vai ter a casa de uns amigos que aparentemente não o viam há imenso tempo e mergulha na piscina. Ao saber que um dos vizinhos também construiu uma piscina, concluiu que poderia nadar até casa, de piscina em piscina, como se fosse num rio. É baseado na história The Swimmer de John Cheever, publicada na revista New Yorker em 18 de Julho de 1964. A filmagem foi atribulada, o realizador Frank Perry acabou despedido e o filme foi terminado por Sydney Pollack (sem créditos) que subtituiu alguns actores e filmou algumas cenas. Diz-se que para o final, Burt Lancaster pagou $10.000USD do seu bolso para que as filmagens pudessem acabar. Em português “Mergulho no Passado”. Realizado por Frank Perry.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

High Noon (1952) (38)

Em português “O Comboio Apitou Três Vezes”. Realizado por Fred Zinnemann.
☆ ☆ ☆ ☆

To Leslie (2022) (39)

Gostei imenso. É uma história muitas vezes contada, mas aqui está mesmo bem contada. Em português “Para Leslie”. Realizado por Michael Morris.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Hope Gap (2019) (40)

Fico sempre desapontado quando numa tradução de “retreat from Moscow”, num contexto de invasões napoleónicas, se lê “o abrigo de Moscovo”. São tradutores que não sabem sequer o que estão a ouvir. Brevemente serão todos substituídos por um qualquer ChatGPT, é uma profissão sem qualquer futuro. Em português “Uma Réstea de Esperança”. Realizado por William Nicholson.
☆ ☆ ☆ ☆

Moskva Slezam Ne Verit (1980) (41)

Ganhou o Óscar para o melhor filme estrangeiro e diz-se que foi o filme que mudou a opinião de Ronald Reagan sobre a Rússia, de “império do mal” para “eles afinal são como nós e podemos ser amigos”. Claro que a casa branca já não tem um homem como Ronald Reagan desde Ronald Reagan e pior que o que lá está agora, será virtualmente impossível (mas nunca fiando). Em português “Moscovo Não Acredita em Lágrimas”. Realizado por Vladimir Menshov.
☆ ☆ ☆ ☆

1984 (1984) (42)

Parece-me algo fraco, mas mesmo quem não leu o livro não pode deixar de pasmar com o que é semelhante ao que vivemos hoje. A grande diferença é o “estado totalitário” vs. “estado democrático”, mas o resto? É linda a destruição das palavras que está em curso, com os “portugueses” e “portuguesas”, com o dito acordo ortográfico rapidamente abraçado pelos habituais sectores e com as mentiras que são hoje permanentes; nesse sentido “a ignorância é força”, no filme a ignorância é imposta, no nosso sistema é uma ignorância ainda pior por ser voluntária; o que leva a algo que qualquer um pode observar, se quiser — “quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente controla o passado”; e a guerra não é para ganhar, mas para ser contínua (ou pelo menos, no caso presente, para prolongar o mais possível desde que os seus promotores arrisquem pouco e ganhem muito); etc, etc. Realizado por Michael Radford.
☆ ☆ ☆

Inherent Vice (2014) (43)

Chego à conclusão que não gosto demasiado de realizadores estilizados como Paul Thomas Anderson — de Tim Burton cansei-me, Tarantino já não suporto, Wes Anderson já me satura… Em português “Vício Intrínseco”. Realizado por Paul Thomas Anderson.
☆ ☆ ☆

Un Beau Matin (2022) (44)

Nunca me desilude a Mia Hansen-Løve, mais um filme incrível. A moral da história é que colhemos o que semeamos, nem sempre, mas a maior parte das vezes. A Léa Seydoux está por todo o lado e cada vez melhor. Em português “Uma Bela Manhã”. Realizado por Mia Hansen-Løve.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Tár (2022) (45)

Não é habitual eu rever um filme passado tão pouco tempo, revi este porque não só é muito bom, como fiquei com a sensação que vários detalhes me tinham escapado. E é verdade, escaparam, não vou me alongar para não dizer demais. Apesar de dar a mesma avaliação, ainda gostei mais de ver esta segunda vez e acrescento que a primeira foi no cinema, a segunda em casa. Realizado por Todd Field.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Je Tu Il Elle (1974) (46)

Realizado por Chantal Akerman.
☆ ☆

La Loi du Marché (2015) (47)

É o primeiro da “trilogia do trabalho” e planeava ver os três, mas perdi o interesse. Em português “A Lei do Mercado”. Realizado por Stéphane Brizé.
☆ ☆

Hilma (2022) (48)

É um projecto familiar, com a mulher e a filha do realizador, mas pouco mais. Realizado por Lasse Hallström.
☆ ☆ ☆

Grey Gardens (1975) (49)

Documentário sobre Edith Ewing Bouvier Beale e a filha Edith Bouvier Beale, cujos únicos feitos aparentemente foram viver numa mansão que negligenciaram até uma decadência selvagem traduzida no jardim transformado numa autêntica selva ao ponto de as autoridades lhes dizerem, ou limpam, ou são postas fora; a filha ser prima direita de Jacqueline Onassis que acabou por pagar a limpeza e as obras na casa; e serem completamente excêntricas. Há um outro documentário de 2006, The Beales of Grey Gardens, que parece ser com filmagens não utilizadas neste. Ia ver, mas perdi o interesse. Realizado por Ellen Hovde, Albert Maysles e David Maysles.
☆ ☆ ☆

Cinema em Dezembro

Publicado em 31/12/2022

Avec Amour et Acharnement (2022) (112)

Tudo indicava que iria gostar menos, mas a interpretação da desintegração de Sara por Juliette Binoche, prendeu-me. A minha única queixa acaba por ser a música — dos Tindersticks — demasiado dramática e demasiado presente, com excepção para a música final. Em português “Com Amor e com Raiva”. Realizado por Claire Denis.
☆ ☆ ☆ ☆

Jeanne Dielman, 23 Quai du Commerce, 1080 Bruxelles (1975) (113)

O actual “melhor filme de todos os tempos”, segundo o British Film Institute (a lista vale a pena, tem belíssimos filmes), realizado por Chantal Akerman. Nas suas mais de três horas através de câmaras fixas em planos escrupulosamente compostos, acompanhamos três dias da rotina de uma mulher viúva que vive com o filho e recebe o ocasional cavalheiro, para fazer face às despesas. De uma sensação inicial de algum tédio, torna-se impossível não sentir algo por aquela mulher solitária — uma verdadeiramente espantosa Delphine Seyrig. O controle e uma impecável compostura, parecem sempre no limiar da ruptura, o que eventualmente acaba mesmo por acontecer de forma inesperada. (No British Film Institute tem outra lista votada pelos maiores realizadores vivos, este filme aparece um quarto lugar.) Realizado por Chantal Akerman.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Blast of Silence (1961) (114)

Em português “Crime e Silêncio”. Realizado por Allen Baron.
☆ ☆ ☆ ½

Ravenous (1999) (115)

Em português “O Insaciável”. Realizado por Antonia Bird.

Blade Runner 2049 (2017) (116)

Resolvi rever, tinha ido ao cinema em 2017… desta vez não gostei tanto, mas é um bom filme de sci-fi. Realizado por Denis Villeneuve.
☆ ☆ ☆ ☆

Bones and All (2022) (117)

Não é mau, mas não foi realmente a lado nenhum. E sendo o segundo filme do mês onde canibalismo é o prato principal (o primeiro foi o lamentável Ravenous), posso confirmar que não é tema que me encante. Para historieta de amor, serve. Em português “Ossos e Tudo”. Realizado por Luca Guadagnino.
☆ ☆ ☆ ½

Libertad (2021) (118)

Achei a família, como um todo, altamente credível. Realizado por Clara Roquet.
☆ ☆ ☆ ☆

DAU. Natasha (2020) (119)

Algo teatral, mas bom. Realizado por Ilya Khrzhanovskiy e Jekaterina Oertel.
☆ ☆ ☆ ☆

Retfærdighedens Ryttere (2020) (120)

Com o Mads Mikkelsen é sempre de olhar e ver. Em português “Cavaleiros da Justiça”. Realizado por Anders Thomas Jensen.
☆ ☆ ☆ ☆

Anime Nere (2020) (121)

Em português “Almas Negras”. Realizado por Francesco Munzi.
☆ ☆ ☆ ☆

Conte d’Hiver (1992) (122)

Fica só a faltar o “Conto de Primavera”. Em português “Conto de Inverno”. Realizado por Éric Rhomer.
☆ ☆ ☆ ☆

The Banshees of Inisherin (2022) (123)

Em português “Os Espíritos de Inisherin”. Realizado por Martin McDonagh.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Kimi (2022) (124)

Há aqui um ambiente de ficção científica, embora seja a realidade de hoje. Realizado por Steven Soderbergh.
☆ ☆ ☆

The Hit (1984) (125)

Em português “Refém de Boa Vontade”. Realizado por Stephen Frears.
☆ ☆ ☆ ½

Light Sleeper (1992) (126)

A banda sonora, que enquadra o ambiente incrivelmente bem, é de Michael Been (The Call), tem piada constatar que a banda sonora de The Card Counter é de Robert Levon Been (Black Rebel Motorcycle Club), o seu filho. Em português “Perigo Incerto”. Realizado por Paul Schrader.
☆ ☆ ☆ ☆

Aftersun (2022) (127)

Uma quantidade de bons pormenores não chegam… Realizado por Charlotte Wells.
☆ ☆ ☆

Murder on the Orient Express (2017) (128)

Em português “Um Crime no Expresso do Oriente”. Realizado por Kenneth Branagh.
☆ ☆

Official Secrets (2019) (129)

Acabo o ano a ver filmes recentes americanos (neste caso com colaboração inglesa), só para comprovar que de Hollywood vem quase exclusivamente só lixo. Eu lembro-me bem do que foi o início da guerra do Iraque e da destruição de um país porque assim foi decidido em Washington com a conivência do lacaio londrino — mas não me lembro deste caso (em 2003), a poucos jornais terá chegado. Qualquer pessoa teve oportunidade observar em directo o chorrilho de mentiras que Colin Powell apresentou na ONU, os proponentes não tiveram uma resolução favorável apesar de todas as manobras deploráveis e mesmo assim fizeram o que toda a gente sabe e está à vista — e acresce talvez um milhão de mortos. Os mesmos que agora se incham de moral no estado-fantoche Ucrânia e a guerra dos EUA à Rússia por procuração, e a populaça de sempre continua a acreditar nas mesmas mentiras de sempre, se não fosse tão grave, seria bastante fascinante. Como se não bastasse, Keira Knightley é uma actriz sem qualquer interesse. Em português “Segredos Oficiais”. Realizado por Gavin Hood.
☆ ☆ ½

Cinema em Novembro

Publicado em 30/11/2021

Bergman Island (2021) (72)

Para não variar desta realizadora, gostei muito. Em português “A Ilha de Bergman”. Realizado por Mia Hansen-Løve.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Elles (2021) (73)

Em português “Elas”. Realizado por Malgorzata Szumowska.
☆ ☆ ☆ ½

Identificazione di Una Donna (1982) (74)

Em português “Identificação de Uma Mulher”. Realizado por Michelangelo Antonioni.
☆ ☆ ☆ ☆

Boze Cialo (2019) (75)

Em português “Corpus Christi – A Redenção”. Realizado por Jan Komasa.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

La Captive (2000) (76)

Em português “A Captiva”. Realizado por Chantal Akerman.
☆ ☆

France (2021) (77)

Realizado por Bruno Dumont.
☆ ☆ ☆ ½

Chung Hing sam lam (1994) (78)

Em inglês “Chungking Express”. Realizado por Wong Kar-Wai.
☆ ☆ ☆ ½

Ah Fei jing juen (1990) (79)

Em português “Dias Selvagens”. Realizado por Wong Kar-Wai.
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