Hoje em dia já ninguém lá vai, aquilo está cheio de gente

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Cinema em Dezembro

Publicado em 31/12/2022

Avec Amour et Acharnement (2022) (112)

Tudo indicava que iria gostar menos, mas a interpretação da desintegração de Sara por Juliette Binoche, prendeu-me. A minha única queixa acaba por ser a música — dos Tindersticks — demasiado dramática e demasiado presente, com excepção para a música final. Em português “Com Amor e com Raiva”. Realizado por Claire Denis.
☆ ☆ ☆ ☆

Jeanne Dielman, 23 Quai du Commerce, 1080 Bruxelles (1975) (113)

O actual “melhor filme de todos os tempos”, segundo o British Film Institute (a lista vale a pena, tem belíssimos filmes), realizado por Chantal Akerman. Nas suas mais de três horas através de câmaras fixas em planos escrupulosamente compostos, acompanhamos três dias da rotina de uma mulher viúva que vive com o filho e recebe o ocasional cavalheiro, para fazer face às despesas. De uma sensação inicial de algum tédio, torna-se impossível não sentir algo por aquela mulher solitária — uma verdadeiramente espantosa Delphine Seyrig. O controle e uma impecável compostura, parecem sempre no limiar da ruptura, o que eventualmente acaba mesmo por acontecer de forma inesperada. (No British Film Institute tem outra lista votada pelos maiores realizadores vivos, este filme aparece um quarto lugar.) Realizado por Chantal Akerman.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Blast of Silence (1961) (114)

Em português “Crime e Silêncio”. Realizado por Allen Baron.
☆ ☆ ☆ ½

Ravenous (1999) (115)

Em português “O Insaciável”. Realizado por Antonia Bird.

Blade Runner 2049 (2017) (116)

Resolvi rever, tinha ido ao cinema em 2017… desta vez não gostei tanto, mas é um bom filme de sci-fi. Realizado por Denis Villeneuve.
☆ ☆ ☆ ☆

Bones and All (2022) (117)

Não é mau, mas não foi realmente a lado nenhum. E sendo o segundo filme do mês onde canibalismo é o prato principal (o primeiro foi o lamentável Ravenous), posso confirmar que não é tema que me encante. Para historieta de amor, serve. Em português “Ossos e Tudo”. Realizado por Luca Guadagnino.
☆ ☆ ☆ ½

Libertad (2021) (118)

Achei a família, como um todo, altamente credível. Realizado por Clara Roquet.
☆ ☆ ☆ ☆

DAU. Natasha (2020) (119)

Algo teatral, mas bom. Realizado por Ilya Khrzhanovskiy e Jekaterina Oertel.
☆ ☆ ☆ ☆

Retfærdighedens Ryttere (2020) (120)

Com o Mads Mikkelsen é sempre de olhar e ver. Em português “Cavaleiros da Justiça”. Realizado por Anders Thomas Jensen.
☆ ☆ ☆ ☆

Anime Nere (2020) (121)

Em português “Almas Negras”. Realizado por Francesco Munzi.
☆ ☆ ☆ ☆

Conte d’Hiver (1992) (122)

Fica só a faltar o “Conto de Primavera”. Em português “Conto de Inverno”. Realizado por Éric Rhomer.
☆ ☆ ☆ ☆

The Banshees of Inisherin (2022) (123)

Em português “Os Espíritos de Inisherin”. Realizado por Martin McDonagh.
☆ ☆ ☆ ☆ ½

Kimi (2022) (124)

Há aqui um ambiente de ficção científica, embora seja a realidade de hoje. Realizado por Steven Soderbergh.
☆ ☆ ☆

The Hit (1984) (125)

Em português “Refém de Boa Vontade”. Realizado por Stephen Frears.
☆ ☆ ☆ ½

Light Sleeper (1992) (126)

A banda sonora, que enquadra o ambiente incrivelmente bem, é de Michael Been (The Call), tem piada constatar que a banda sonora de The Card Counter é de Robert Levon Been (Black Rebel Motorcycle Club), o seu filho. Em português “Perigo Incerto”. Realizado por Paul Schrader.
☆ ☆ ☆ ☆

Aftersun (2022) (127)

Uma quantidade de bons pormenores não chegam… Realizado por Charlotte Wells.
☆ ☆ ☆

Murder on the Orient Express (2017) (128)

Em português “Um Crime no Expresso do Oriente”. Realizado por Kenneth Branagh.
☆ ☆

Official Secrets (2019) (129)

Acabo o ano a ver filmes recentes americanos (neste caso com colaboração inglesa), só para comprovar que de Hollywood vem quase exclusivamente só lixo. Eu lembro-me bem do que foi o início da guerra do Iraque e da destruição de um país porque assim foi decidido em Washington com a conivência do lacaio londrino — mas não me lembro deste caso (em 2003), a poucos jornais terá chegado. Qualquer pessoa teve oportunidade observar em directo o chorrilho de mentiras que Colin Powell apresentou na ONU, os proponentes não tiveram uma resolução favorável apesar de todas as manobras deploráveis e mesmo assim fizeram o que toda a gente sabe e está à vista — e acresce talvez um milhão de mortos. Os mesmos que agora se incham de moral no estado-fantoche Ucrânia e a guerra dos EUA à Rússia por procuração, e a populaça de sempre continua a acreditar nas mesmas mentiras de sempre, se não fosse tão grave, seria bastante fascinante. Como se não bastasse, Keira Knightley é uma actriz sem qualquer interesse. Em português “Segredos Oficiais”. Realizado por Gavin Hood.
☆ ☆ ½

Cinema em Julho

Publicado em 31/07/2021

Mal de Pierres (2016) (43)

Gostei da história e do ritmo pausado que percorre todo o filme. E da Marion Cotillard.
Em português “Um Instante de Amor”, porque a tradução do título notoriamente menos vendável é “Pedra Nos Rins”. Também interessante o título em inglês, quem sabe pelo mesmo motivo e mais verdadeiro, “From the Land of the Moon”. Os alemães quase que contavam o filme todo: “Die Frau im Mond – Erinnerung an die Liebe” (A Mulher na Lua – Memória de Amor). Realizado por Nicole Garcia.
☆ ☆ ☆ ☆

No Sudden Move (2021) (44)

Realizado por Steven Soderbergh.
☆ ☆ ☆ ☆

Citizenfour (2014) (45)

Curiosamente um dos produtores executivos é Steven Soderbergh. Podia ser um pouco mais interessante, ou talvez o assunto esteja agora no dia a dia e tenha perdido interesse. Também não percebi que num documentário não exista um tripé e a opção estética e estilistica seja a câmara na mão sem qualquer estabilidade, a focar e a desfocar constantemente. Talvez fosse mais importante eliminar essas distrações e ouvir-se o Snowden. Realizado por Laura Poitras.
☆ ☆ ☆ ½

El Olivo (2016) (46)

Em português “A Oliveira do Meu Avô”. Realizado por Icíar Bollaín.
☆ ☆ ☆ ½

Razzia (2016) (47)

Este filme é algo complexo de seguir e necessita atenção. Em português “Céu de Casablanca”. Realizado por Nabil Ayouch.
☆ ☆ ☆ ½

Cinema em Maio

Publicado em 31/05/2020

August: Osage County (2013) (34)

Realizado por John Wells. Em português “Um Quente Agosto”.
☆ ☆ ☆ ☆

L’Amore Molesto (1995) (35)

Realizado por Mario Martone. Em português “Vítima e Carrasco”.
☆ ☆ ☆

Barefoot (2014) (36)

Realizado por Andrew Fleming. Este filme é um remake de um filme alemão (Barfuss de 2005) baseado no mesmo argumento de Stephen Zotnowski. Em português “Amo-te Como És”.
☆ ☆ ☆ ☆

The Score (2001) (37)

Realizado por Frank Oz. Em português “Sem saída”.
☆ ☆ ☆

Hungry Hearts (2014) (38)

Realizado por Saverio Costanzo. Em português “Corações Inquietos”.
☆ ☆

Largo Winch II (2011) (39)

Realizado por Jérôme Salle. Em português “Largo Winch 2 – Conspiração na Birmânia”.
☆ ☆ ☆

Contagion (2011) (40)

Realizado por Steven Soderbergh. Tendo em conta o que se passa hoje, este filme é incrivelmente presciente e uma demonstração cabal do bom trabalho que a indústria do medo realizou. Nem Hollywood imaginou tanto e exceptuando duas ou três nuances para o espectáculo, o resto está muito de acordo com a realidade. Em português “Contágio”.
☆ ☆ ☆ ☆

Cinema em Abril

Publicado em 30/04/2020

Sommaren med Monika (1953) (31)

Realizado por Ingmar Bergman. Em português “Mónica e o Desejo”.
☆ ☆ ☆ ☆

Touch Me Not (2018) (32)

Realizado por Adina Pintilie. Em português “Não Me Toques”. Uma busca de intimidade ou de outra coisa qualquer… nunca vi nada igual, nem parecido. Também não é todos os dias que vejo um filme da Roménia, Alemanha, França, Bulgária e República Checa.
☆ ☆ ☆ ☆

The Good German (2006) (33)

Realizado por Steven Soderbergh. Uma espécie de film noir que não chega realmente a sê-lo. Pede emprestado a muitos clássicos sem nunca sequer chegar lá perto.
☆ ☆ ☆