Heojil Kyolshim (Decisão de Partir) (2022) de Park Chan-wook.
Heojil Kyolshim (Decisão de Partir) (2022) de Park Chan-wook.

— That must be easy for you. You pretended to like me, so I’ll take care of everything for you.

— Don’t speak about our time that way.
— Us? What kind of time was that?
Heojil Kyolshim (Decisão de Partir) (2022) de Park Chan-wook.
Em português “O Verão do Skylab”. Realizado por Julie Delpy.
☆ ☆ ☆ ½
Em português “A Fortaleza Escondida”. Realizado por Akira Kurosawa.
☆ ☆ ☆ ☆ ½
A referência que tinha é que é de um dos argumentistas de “A Pior Pessoa do Mundo”, junto com Joachim Trier com quem costuma trabalhar. É bastante melhor do que eu deixo antever, para quem gostar do género. Em português “Os Inocentes”. Realizado por Eskil Vogt.
☆ ☆ ☆
Em inglês “Girl Picture”. Realizado por Alli Haapasalo.
☆ ☆ ☆
Realizado por Gaspar Noé.
☆ ☆
Este é um filme que revi sem me aperceber imediatamente de tal coisa, mas já o tinha visto em 2016, com as mesmas quatro estrelas, mas embora não chegando a mais meia estrela, gostei mais do que da primeira vez. O que não gostei demasiado, foi do fim. Mas é um filme muito bom, com uma ambiguidade onde acaba a realidade e começa a fantasia, tal como onde acaba a ética e começa o voyeurismo. Tem imensos bons momentos, aliás, traduzi alguns em diversos posts durante o mês. Em português “Dentro de Casa”. Realizado por François Ozon.
☆ ☆ ☆ ☆
Realizado por François Ozon.
☆ ☆ ☆ ☆ ½
Em português “Em Trãnsito”. Realizado por Christian Petzold.
☆ ☆ ☆ ½
Em português “Uma Nova Amiga”. Realizado por François Ozon.
☆ ☆ ☆
Em português “O Amante Duplo”. Realizado por François Ozon.
☆ ☆ ☆ ☆
Realizado por Nine Antico.
☆ ☆ ☆
Em português “Adivinha Quem Vem Jantar”. Realizado por Stanley Kramer.
☆ ☆ ☆ ☆
Uma das cenas finais (spoiler), aparentemente filmada em Espanha, recordou-me aquela Espanha tenebrosa com gente perturbadora das fotografias de Frank Capa. Maltrapilhos que acabam a devorar (literalmente) o poeta milionário e diletante. Há uma Espanha que de facto, não gosto. Em português “Bruscamente, No Verão Passado”. Realizado por Joseph L. Mankiewicz.
☆ ☆ ☆ ☆
Realizado por Charles Vidor.
☆ ☆ ☆ ☆
Realizado por Clint Eastwood.
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Gostei de todo o ambiente, as cores da época são incríveis. A ocidentalização, ou ocupação do Japão, estava talvez no auge… A moda, as gravatas, o cachimbo, muitas das bebidas… Até os livros para crianças mostrados são Disney. Em português “O Fim do Outono” (muito apropriado). Realizado por Yasujirô Ozu.
☆ ☆ ☆ ☆
Este ano vi uma quantidade razoável de filmes, mas mais uma vez preferia ver menos, retirando os maus. São menos de dois por semana, não é nenhum exagero, de qualquer forma se para o ano vir a mesma quantidade, ficarei contente. O que gostei mais foi “A Ilha de Bergmann”, por vários motivos — a companhia, as circunstâncias e o momento contam muito. E gosto da Mia Hansen-Løve.
Televisão a mesma coisa, mas acho que cada vez mais é mais fácil ficar satisfeito com uma boa série do que com um bom filme. Uma série aprofunda as personagens de uma forma que o cinema raramente ou nunca consegue e quando gostamos mesmo, em vez de duas horas temos dezenas e dezenas. Tem a outra face dessa moeda — as tais dezenas e dezenas de horas.
Li imenso, se conseguir manter o ritmo já me dou por feliz. Gostei muito de “The Last Picture Show” (também do filme) e tenho vários também de Larry McMurtry para ler. Mas gostei de muitos outros, acho que não li nenhum livro que não tivesse valido a pena a não ser ironicamente um de Philip Roth, um dos meus autores preferidos, o “Operação Shylock”.
Uma coisa que quero mesmo em 2022 é comprar menos discos (vinil). Se calhar comprei 300 (ou mais) este ano, não faz sentido porque não sou coleccionador e não passo os dias a ouvir música. Praticamente podia ter ouvido um disco novo por dia e o que acontece é que tenho muitos por ouvir e muitos outros que foram ouvidos uma vez ou pouco mais — não gosto de ouvir só os novos. Numa nota positiva, praticamente todos são grandes discos. É verdade que é na música que mais sinto a benção e a maldição da época em que vivemos, com acesso ao que de melhor se fez nos últimos muitos anos, com uma qualidade espantosa. Tem sido editada e re-editada uma quantidade inacreditável de música.

A tocar Fujiya & Miyagi, Artificial Sweeteners.
De resto, estou bem assim. Nunca estive “confinado” — só a palavra já me enerva —, mas não sinto qualquer falta de sair de casa para vida social ou cultural, sempre os mesmos e invariavelmente sem qualquer interesse. Se há coisa que este Sars-Cov-2 confirmou, foi isso — a completa falta de interesse de muito o que se tem por indispensável. Meia-dúzia de idas ao cinema chega-me bem para dois anos inteiros. Gosto de estar em casa, tenho planos e em que pensar, é em casa que me sinto bem.